São Paulo – O Brasil subiu da 43ª para a 36ª posição no índice Global Venture Capital and Private Equity Country Attractiveness, que mede a atratividade de 116 países para os investidores estrangeiros. Entre os árabes, Arábia Saudita, Egito, Tunísia, Kuwait e Marrocos subiram pelo menos dez posições cada um neste levantamento, elaborado pela escola de negócios espanhola Iese, da Universidade de Navarra, e pela consultoria Ernst & Young. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (19).
A liderança do ranking ficou com os Estados Unidos pelo terceiro ano seguido. Canadá, Reino Unido, Japão, Cingapura, Hong Kong, Austrália, Suécia, Alemanha e Suíça completam a lista dos dez países mais atrativos para investimentos estrangeiros. Entre as nações do grupo Brics, o Brasil só está à frente da Rússia: a China ocupa a 22ª posição, a África do Sul ocupa o 28º lugar e a Índia o 32º. Os russos estão em 43º lugar.
Para determinar a posição dos países no índice, o levantamento considera a evolução obtida em seis aspectos entre 2008 e 2012: atividade econômica; alcance do mercado de capitais; taxação; proteção ao investidor e governança corporativa; desenvolvimento humano e social; e cultura de empreendedorismo e oportunidades de negócios. Dentro de cada um desses aspectos são avaliados outros itens. Cada um tem determinada importância na avaliação final.
Em corrupção, por exemplo, o Brasil avançou da 65ª para a 58ª colocação. O País também evoluiu em desempenho na educação e capital humano e em aspectos sociais. Por outro lado, teve um desempenho pior em inovação e taxação. De 2010 para 2011, o país havia subido 14 posições no ranking.
Os chineses se destacaram na área de mercado de capitais e a África do Sul no estabelecimento de uma cultura legal. Por outro lado, os países do Brics ainda precisam evoluir em aspectos como governança corporativa, proteção aos investimentos, corrupção e baixos investimentos em inovação.
Árabes
Nações do Oriente Médio e do Norte da África também apresentaram evolução no ranking, na comparação com a edição do ano passado do estudo. Arábia Saudita, Egito, Tunísia, Marrocos e Kuwait subiram, pelo menos, 10 posições cada.
“Embora as perspectivas de crescimento econômico da Tunísia e do Egito tenham sido reduzidas devido às turbulências políticas, seus enormes avanços no ranking devem-se ao grande desenvolvimento dos mercados de capitais e, no caso da Tunísia, à melhoria na qualidade de governança corporativa. O Marrocos foi favorecido pelas previsões de crescimento econômico e também pelo aumento nas fusões e aquisições e da liquidez do mercado de títulos. A Arábia Saudita teve melhorias substanciais na previsão econômica, no mercado de fusões e aquisições e no ambiente humano e social”, afirma o estudo.
Entre os países árabes, o melhor colocado no ranking é a Arábia Saudita, que ocupa a 28ª posição e está à frente, por exemplo, de Polônia, Portugal, Itália e Índia. Os Emirados Árabes Unidos ocupam o 39º lugar no índice. O Kuwait está em 42º lugar e é seguido por Tunísia (49º), Jordânia (52º), Marrocos (53º), Omã (54º), Egito (56º), Bahrein (61º), Argélia (83º), Síria (102º) e Mauritânia (113º).

