Geovana Pagel
São Paulo – “O grande caminho para o Brasil é o setor agropecuário, é o agronegócio em geral", afirmou Zoé Silveira d’Avila, presidente da União Brasileira de Avicultura(UBA), durante entrevista coletiva no início da tarde de hoje (21), na sede da entidade. Os números finais do desempenho do setor em 2003 mostram que a avicultura brasileira manteve sua trajetória de crescimento.
“Mesmo afetada pela diminuição do poder de compra de grande parte da população brasileira, a atividade voltou a apresentar desempenho acima do crescimento do PIB”, destacou.
Em receita cambial, o Brasil passou a ser o maior exportador mundial de frangos. O produto brasileiro chegou a 122 países. Foram exportadas 1,9 milhão de toneladas de carnes (frangos inteiros e cortes) in natura, além de 37,7 mil toneladas de produtos processados de frango. A receita cambial total atingiu US$ 1,8 bilhão.
As compras do Oriente Médio, principal cliente, apresentaram crescimento de 21,5% sobre o ano de 2002. Destaque para a Arábia Saudita, responsável pela metade do total importado pela região. O segundo maior importador, Emirados Árabes Unidos, foi responsável por 17% das compras. Em 2003, após 18 anos, o Iraque voltou a comprar frango brasileiro. Foram 2.500 toneladas.
Para o mercado interno, garantindo o pleno abastecimento, foram destinadas 5,9 milhões de toneladas, oferta 0,07% superior à de 2002. O consumo per capita foi de 33,3Kg, inferior em 1,4% ao do ano de 2002.
Foram alojadas cerca de 536 mil matrizes de corte a mais que em 2002, com crescimento de 1,75%. Esse nível de alojamento vai possibilitar que a produção avícola continue evoluindo em 2004.
Foram abatidos 3,71 bilhões de frangos, obtendo-se a produção total de carne de frangos de 78,8 milhões de toneladas. Isso representou um incremento de 4,34% sobre o ano anterior.

