Da redação
São Paulo – Empresários brasileiros querem abocanhar uma fatia do processo de reconstrução do Iraque, com o apoio do governo. Tanto que o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Márcio Fortes de Almeida, está participando, hoje (24) e amanhã, juntamente com representantes brasileiros dos setores da construção civil e de carnes, do seminário “O papel do setor privado no desenvolvimento do novo Iraque” em Madri, na Espanha, segundo informou a assessoria do ministério.
“O Brasil tem tanto interesse em exportar bens quanto serviços para o Iraque e os contatos empresariais nesta conferência serão importantes para isso”, disse Almeida, de acordo com nota divulgada pela assessoria do ministério.
O evento é organizado pelo governo espanhol em parceria com o governo de transição do Iraque e conta com a participação de 59 países. Para Almeida, trata-se de uma oportunidade de negócios para os empresários do Brasil dos setores de infra-estrutura, energia, serviços financeiros, saúde, varejo e agricultura.
De acordo com informações da assessoria, o Ministério do Desenvolvimento tem como meta expandir as relações comerciais entre o Brasil e o Iraque. Segundo dados do órgão, a corrente comercial entre os dois países já foi de US$ 2,4 bilhões em 1983. Em 2002, quando o Iraque estava no programa “Petróleo por Comida” da Organização das Nações Unidas (ONU), o montante movimentado foi de US$ 378 milhões, sendo que a maior parte, US$ 307 milhões, foi de petróleo importado pelo Brasil.
Neste ano, sempre de acordo com informações do ministério, o Brasil já vendeu US$ 22 milhões, sendo os produtos mais vendidos: tubos de ferro e aço, açúcar, frango, tratores, peças para motores, automóveis e filtros de óleos minerais. Por sua vez, o Iraque embarcou para o Brasil US$ 235 milhões.