Cairo – Em seu terceiro dia, uma sexta-feira, dia de descanso no Egito, a Feira Internacional do Cairo foi aberta ao grande público. No estande brasileiro os trabalhos giraram, sobretudo, em torno do fornecimento de explicações aos visitantes sobre o potencial do Brasil e sobre os produtos fornecidos pelo país.
“Muitos dos visitantes de hoje (sexta-feira, 20) vieram buscar informações sobre os produtos que o Brasil pode exportar”, disse o assistente de Comércio Exterior da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Hans Lazarte Lima. “Um deles, por exemplo, disse que está disposto a importar literalmente qualquer produto do Brasil para redistribuir no Egito e em toda a região, mas que precisa ter uma idéia explícita da gama de produtos oferecida pelo país”, acrescentou. Segundo ele, o Brasil não é mais visto na região somente como o país do futebol, samba e café.
“Hoje em dia a imagem do Brasil na região está visivelmente mudando e as pessoas olham mais para o nosso país como uma terra de oportunidades, onde se pode fazer bons negócios e se trabalhar com seriedade”, afirmou a assistente de Marketing da Câmara Árabe, Karina Cassapula.
É o que pensa também Mourad Fawzy gerente administrativo de uma importante empresa egípcia de importação e exportação. Fawzy diz que sua companhia está interessada em comprar pneus no Brasil por saber que as empresas brasileiras podem fornecer o produto desejado rapidamente e sem atrasos.
“É o que buscamos neste momento, comprar de alguma empresa brasileira pneus de diversos tamanhos, pois necessitamos atender uma demanda imediata de inúmeras companhias aqui no Egito”, disse Fawzy, acrescentando que rapidez e seriedade são algumas das qualidades que começam a ser mencionadas quando se trabalha com as empresas brasileiras exportadoras.
Além das visitas de empresário e do grande público, o estande brasileiro foi procurado por representantes de outros países. “Recebemos a visita de representantes do estande de Angola, pois eles desejam comprar tintas do Brasil e gostariam de entrar em contato com empresas desse ramo no nosso país”, afirmou Karina, acrescentando que integrantes do estande da Índia, vizinho ao brasileiro, querem fazer contatos com exportadores de pedras preciosas brasileiras.