São Paulo – A feira Sweets and Snacks Middle East, evento do setor de confeitaria e petiscos que acontece de 27 a 29 de outubro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, terá a presença de 12 empresas brasileiras. Serão oito indústrias de doces e quatro de biscoitos. As companhias do último segmento participam da feira pela primeira vez.
“Os Emirados são um importante polo na região, por isso a importância da participação na feira para abrirmos novos mercados”, destaca Rodrigo Iglesias, gestor do Happy Goods, projeto realizado em parceria entre a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para a promoção das vendas externas do setor.
Iglesias explica que os Emirados estão entre os destinos secundários do projeto Happy Goods. Ao contrário dos destinos prioritários, nos quais a indústria nacional já tem uma forte presença, os destinos secundários são aqueles nos quais as vendas brasileiras do setor ainda não são tão fortes, mas que atraem o interesse das indústrias em aumentar suas exportações para lá. “São mercados em que nossas empresas não têm uma presença tão grande e precisam melhorar seu posicionamento”, diz Iglesias.
Segundo o gestor do Happy Goods, essa primeira participação “vai ser uma experiência importante para ver se o evento entra de forma regular no calendário de eventos [do projeto]. Estamos com expectativas positivas e esperamos que a feira possa entrar de vez no nosso calendário”, afirma Iglesias.
As empresas do Happy Goods já confirmadas na feira são a Bauducco, Marilan e Hathor. As duas primeiras já vendem para países do Oriente Médio. “Elas vão fortalecer o relacionamento com compradores locais. É uma segunda oportunidade, depois da Gulfood, de conversar com os parceiros de negócios na região”, aponta Iglesias, referindo-se à feira de alimentos que acontece em Dubai sempre em fevereiro. O projeto ainda não definiu qual será a quarta empresa participante do evento.
Já a Hathor quer começar a vender aos países árabes. “A Hathor quer abrir mercado para produtos saudáveis. O objetivo é atingir um nicho de mercado com produtos mais saudáveis como granola e cereais matinais”, diz Iglesias sobre a empresa que estará presente ao evento com as marcas Da Magrinha e Granó.
Atualmente, os produtos do setor mais vendidos aos árabes são os wafers. Além destes, o Brasil também exporta biscoitos recheados, biscoitos sem recheio e bolos industrializados aos países da região.
No primeiro semestre, as 38 empresas participantes do Happy Goods exportaram cerca de US$ 51 milhões em produtos ao mundo. Deste total, os árabes responderam por US$ 982,5 mil. Os principais destinos das vendas do projeto na região foram Iêmen (US$ US$ 243,5 mil), Palestina (US$ 211,2 mil), Argélia (US$ 138,6 mil), Arábia Saudita (127,6 mil), Marrocos (US$ 96,9 mil) e Emirados (US$ 80,5 mil). “Certamente no final de setembro teremos superado US$ 1 milhão e, até o final do ano, esperamos chegar a US$ 1,5 milhão em exportações aos árabes”, prevê Iglesias.
Guloseimas
No estande do projeto Sweet Brasil, parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) e a Apex-Brasil, estarão as indústrias Docile, Dori, Jazam, Montevérgine, Peccin, Riclan, Simas e Toffano.
“O Brasil está cada vez mais investindo em qualidade e diferencial competitivo”, aponta Rodrigo Solano, gestor de Exportação da Abicab, sobre os produtos que as empresas levarão à Sweets and Snacks. Solano diz que as indústrias vêm apostando em chocolates de origem (feitos com cacau plantados em regiões específicas) e balas com sabores diferenciados, entre outros características para destacar os produtos nacionais.
E os números mostram que o trabalho vem dando certo. “Até agosto, as exportações das empresas do projeto ao mundo foram de US$ 93,5 milhões, um aumento de 10,2% em relação ao mesmo período de 2014”, conta Solano.
Entre os países árabes, o principal comprador é a Argélia, que ocupa a décima colocação entre os importadores de produtos de confeitaria no Brasil. De janeiro a agosto deste ano, o país do Norte da África importou o equivalente a US$ 2,7 milhões em guloseimas brasileiras, um aumento de 371% sobre o mesmo período de 2014.
Depois da Argélia, as nações árabes que mais compram doces do Brasil são Iêmen, Emirados, Egito e Iraque. Para Solano, participar da feira em Dubai oferece a possibilidade de se expor a diversos compradores da região.
“O trabalho via Dubai reflete nos outros países árabes. Existe um foco no mundo árabe [das empresas brasileiras] muito importante. Quase todas as empresas traduzem seus sabores para o árabe”, ressalta Solano.
Em 2014, o Sweet Brasil levou sete empresas à feira em Dubai. Durante o evento, as indústrias fecharam US$ 420 mil em negócios, com projeção de US$ 2,2 milhões em novas vendas para os 12 meses seguintes. “Vale ressaltar que, de longe, as feiras no Oriente Médio são onde há mais movimento e interesse pelos nossos produtos”, aponta o executivo. Atualmente, o projeto Sweet Brasil conta com a participação de 34 companhias.
Serviço
Sweets and Snacks Middle East
De 27 a 29 de outubro
Local: Dubai World Trade Centre (2nd Zaabel Road, D 73 Rd, Al Saada St), Emirados Árabes Unidos


