São Paulo – A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) levará sua experiência com a Universidade do Tênis de Mesa para o Catar. A instituição apresentará em uma palestra a série de cursos online que desenvolveu para aperfeiçoar os profissionais brasileiros do esporte, com aulas para treinadores, árbitros e módulos multidisciplinares. O convite foi feito pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), que realizará em Doha, a capital do Catar, seu encontro geral anual. Ele ocorrerá em 27 de maio ao final de duas semanas de competições e eventos deste esporte.
De acordo com o ex-presidente e hoje assessor especial da CBTM, Alaor Azevedo, a Universidade do Tênis de Mesa foi criada pela instituição em 2020 para oferecer uma capacitação melhor aos treinadores, padronizar os cursos e alcançar profissionais que, muitas vezes, precisavam se deslocar de sua cidade para os treinamentos. “Era um sonho antigo. Teoricamente [a universidade] é uma plataforma de cursos”, diz Azevedo. “Não existe algo assim no mundo do tênis de mesa”, afirma, sobre a inovação que o curso online proporcionou e que será apresentada no encontro da ITTF, instituição da qual ele é vice-presidente.
A iniciativa foi implantada pela CBTM junto com a líder do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Esportes de Raquete (GRIPER) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Taísa Belli. Ela também é presidente do Comitê Científico da CBTM e do Comitê de Ciência do Esporte e Médico da ITTF.
À ANBA, Azevedo disse que os resultados dos cursos disponíveis na universidade já apareceram. Os atletas brasileiros das categorias sub-11 e sub-13 se destacaram no mais recente campeonato sul-americano, realizado no Equador. O Brasil encerrou a competição com nove medalhas de ouro, oito de prata e oito de bronze. “Ganhamos de forma avassaladora, o que reflete o sucesso da universidade. Talentos foram descobertos no Brasil todo”, diz citando atletas de municípios que antes não teriam sido formados por treinadores capacitados.
O assessor da CBTM diz que os cursos da universidade podem ser aplicados por federações do tênis de mesa de qualquer lugar. “Já traduzimos para inglês e espanhol. Podemos oferecer para o mundo todo, podemos oferecer em árabe”, diz. Ele afirmou que os países árabes têm demonstrado interesse no esporte seja colocando representantes em cargos de liderança mundial da categoria, como no caso de Jordânia e Arábia Saudita, seja sediando eventos de tênis de mesa, como é o caso recente do Bahrein, que no ano passado recebeu competição paralímpica.
No encontro no Catar, haverá mais dois temas relacionados ao Brasil: a candidatura do Rio de Janeiro a sede dos mundiais de 2027 e de 2029 de tênis de mesa e a candidatura do próprio Azevedo a mais um mandato como vice-presidente da ITTF.
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