São Paulo – O Brasil participa como membro observador do Fórum Econômico Islâmico Mundial, que começou nesta terça (07) e vai até quinta-feira (09) em Astana, no Cazaquistão. A presidente Dilma Rousseff foi convidada a participar, mas enviou a embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis para o evento. Criado em 2005, o Fórum Econômico Islâmico Mundial (Wief, na sigla em inglês) é realizado anualmente para promover a aproximação entre países islâmicos e, também, sua aproximação com o mundo não-muçulmano.
O Wief é parte do calendário da Organização da Conferência Islâmica (OIC). A participação do Brasil nesta instituição é recente e ainda depende da criação de um projeto de lei dentro da OCI. A oportunidade para o Brasil ingressar nesta organização surgiu no ano passado, quando o secretário-geral da instituição, Ekmeleddin Ihsan Oglo, visitou o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Em 16 de maio deste ano, o embaixador do Brasil na Arábia Saudita e no Iêmen, Sergio Luiz Canaes, entregou o pedido do Brasil para participar da OCI ao secretário-geral.
De acordo com o Itamaraty, o principal objetivo do Brasil na OCI é aprofundar suas relações com o mundo muçulmano, incluindo as nações árabes. Ainda segundo o ministério das Relações Exteriores, o Brasil pode ser parceiro dos países islâmicos no combate à intolerância, afinal, na avaliação do ministério, o Brasil é um exemplo de país multiétnico em que as raças convivem sem conflitos. Além do Brasil, Rússia, Tailândia, República Central Africana, Turquia e Bósnia-Herzegovina participam da OCI como membros observadores.
A princípio, segundo o Itamaraty, não há a intenção de atrair empresários ou fechar contratos nesta edição do fórum, que recebe o Brasil pela primeira vez. A partir do segundo semestre, quando a entrada do Brasil na OCI for concretizada, o país poderá avançar na procura por parceiros comerciais.
O Fórum Econômico Islâmico Mundial surgiu em 2003, durante o fórum econômico da OIC em Putrajaya, na Malásia. Passou a ser realizado como um evento independente em 2005, em Kuala Lumpur, e já passou por outros países, como a Jordânia. A edição deste ano terá palestras sobre marketing, segurança alimentar, industrialização e troca de experiências entre empresários e governantes.

