Da redação
São Paulo – De janeiro a agosto deste ano, as exportações brasileiras de frutas cresceram 29% em volume e 39% na receita, em relação ao mesmo período do ano passado. O bom desempenho das vendas externas brasileiras indica que até o final do ano o Brasil deverá colocar no mercado internacional cerca de 850 mil toneladas de frutas, o que representará um faturamento de US$ 320 milhões.
No ano passado, o país exportou 668 mil toneladas de frutas, o equivalente a um faturamento de US$ 241 milhões.
O crescimento registrado pelas vendas externas brasileiras nos últimos anos é resultado da estratégia do comércio exterior brasileiro de buscar mercados alternativos para as frutas cultivadas no país. Caso, por exemplo, da Índia e da China.
No entanto, a participação brasileira no mercado internacional de frutas frescas é ainda pequena. Ou seja, apesar de o país ser um dos três maiores produtores mundiais de frutas, as vendas externas brasileiras representam pouco mais de 1% das exportações mundiais de frutas frescas.
O Brasil ocupa apenas o 20.º lugar entre os países exportadores de frutas frescas, cujo mercado movimenta anualmente US$ 21 bilhões anuais. O potencial de consumo mundial de frutas está estimado em 4O milhões de toneladas anuais.
Produção interna
A produção de frutas no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou nos últimos 12 anos um crescimento de quase 40%, passando de 29 milhões de toneladas para 40,4 milhões de toneladas.
Nos cálculos do IBGE estão computados inclusive a produção destinada ao próprio consumo dos agricultores, ou seja, a parte que não chega ao mercado formal.
A produção comercial do Brasil é estimada pelo Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf ) em pouco mais de 38 milhões de toneladas anuais. A região sudoeste concentra 56% da produção nacional. O mercado interno consome 55% da produção frutícola do país.