Erbil – O ministro das Relações Exteriores do Curdistão, Falah Mustafa Bakir, afirmou à ANBA que as empresas brasileiras precisam conhecer o potencial da região iraquiana. "A distância não é problema para a aproximação com o Brasil. O primeiro passo é trazer embaixadas, consulados e escritórios comerciais para o Curdistão", afirmou Bakir, que recebeu a reportagem no ministério das Relações Exteriores, em Erbil.
Em 2003, após a guerra, a situação da região iraquiana começou a melhorar e atrair diversas empresas internacionais, principalmente de países vizinhos, como Turquia, Irã, Líbano, entre outros países do Oriente Médio. "Temos que encorajar as empresas privadas a virem para cá para parcerias", disse o ministro.
De acordo com ele, os setores brasileiros com maior potencial na região são os de alimentos, tecnologia agrícola, industrial e turismo. "Queremos construir relações com as câmaras de comércio e universidades", acrescentou Bakir.
O ministro destacou a facilidade das leis para investimentos estrangeiros e a isenção de taxas para as empresas do exterior. Para se ter mais acesso as informações, o Curdistão criou um Conselho de Investimentos. De acordo com Bakir, a região não quer depender apenas de petrodólares, gás e água. "Queremos diversificar a nossa economia", completou ele, que citou a atividade agrícola, como exemplo.
Ao ser questionado pela ANBA sobre a dificuldade do idioma curdo para a aproximação com outros mercados, Bakir afirmou que essa questão já está sendo tratada no Curdistão. Ele mencionou a Sabis University, do Líbano, presente em Erbil, como a primeira internacional da região. Falou ainda sobre novas universidades e escola turcas e francesas. "A questão da língua é muito importante. Aqui, encorajamos as pessoas a crescer e aprender novas línguas, não impomos barreiras", afirmou.