São Paulo – Entre 2010 e 2011, o Brasil pretende aumentar em 10% suas exportações de erva-mate. Segundo Heroldo Secco Junior, gerente do Projeto de Exportação da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Erva-mate (Abimate), metade deste valor deve vir de exportações para os países árabes.
Em 2008, o Brasil exportou 34 mil toneladas do produto, o equivalente a US$ 46 milhões. Atualmente, o Brasil é o maior exportador mundial de erva-mate, vendendo para 32 países. Os maiores compradores da erva-mate brasileira estão na América Latina, para onde vão 90% das exportações do produto. O principal destino das vendas do país é o Uruguai, seguido pelo Chile. França, Alemanha e Estados Unidos também estão entre os grandes mercados da erva-mate do Brasil.
Recentemente, a Abimate fechou um acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para ampliar ainda mais as exportações do produto. Um dos principais focos deste acordo são os países árabes, especialmente Emirados Árabes Unidos, Síria e Egito. "O objetivo é ampliar (as exportações) e o mercado árabe é muito interessante para nós", destaca Secco.
O gerente da Abimate conta que, atualmente, o Brasil exporta a maior parte de sua erva-mate em granel, e que os planos são fazer com que o país passe a vender mais produtos de valor agregado, como extratos, refrigerantes e cosméticos. A associação reúne 28 empresas, das quais 12 já estão habilitadas para exportar e sete são exportadoras regulares.
Secco revela que até o primeiro semestre de 2010, a Abimate desenvolverá ações de marketing para divulgar a qualidade da erva-mate brasileira no mercado internacional e também a variedade de produtos disponíveis. Em abril do próximo ano, as empresas participantes da associação paerticipam de uma feira na Áustria, onde irão expor seus produtos. A entidade também negocia sua participação na próxima Gulf Food, em Dubai, a ser realizada em fevereiro de 2010. Este ano, a associação também esteve presente na Anuga, feira de alimentos da Alemanha.
De acordo com Secco, a Abimate está avaliando a participação em missões comerciais para os países árabes e as empresas pretendem divulgar seus produtos nestes mercados assim que tiverem firmado parcerias na região. “Sabemos que são países que consomem muito chá, mas a erva-mate ainda é desconhecida”, completa.