São Paulo – O Brasil fará no Mundial Paralímpico de Atletismo de Doha, no Catar, sua maior participação em um torneio da categoria. O evento será realizado de 22 a 31 de outubro e a abertura oficial será na próxima quarta-feira (21). A delegação brasileira terá 40 atletas, alguns donos de medalhas em competições e outros, jovens talentos que fazem sua estreia.
A maior delegação brasileira em um mundial até então havia sido em Lyon, na França, em 2013, quando 35 atletas participaram. Em 2011, quando o torneio foi em Christchurch, na Nova Zelândia, 25 integrantes formaram a delegação brasileira.
O torneio é uma oportunidade de conquistar medalhas e preparar os atletas para os Jogos Paralímpicos de 2016, que serão realizados no Rio de Janeiro. O coordenador-técnico do atletismo paralímpico, Ciro Winkler, afirmou à ANBA nesta sexta-feira (16) por e-mail que a expectativa do Brasil nesta competição é consolidar o País entre as cinco principais potências do atletismo paralímpico.
“O crescimento do Brasil no esporte paralímpico vem ocorrendo de maneira qualitativa e quantitativa, pois sempre trazemos atletas para o Campeonato Mundial que estão entre os melhores. Nossa nota de corte, assim digamos, não é apenas ter a marca mínima, mas estar com reais chances de ganhar medalhas. Por isso, a evolução do número de atletas em relação aos eventos anteriores”, afirmou.
Segundo informações do Comitê Paralímpico Brasileiro, todos os competidores brasileiros estão entre os quatro melhores de suas provas no ranking do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).
Algumas das apostas brasileiras nesta edição do torneio são os velocistas Terezinha Guilhermina e Lucas Prado, que conquistaram medalhas em outros torneios, e os estreantes Petrúcio Ferreira, de 19 anos, e Thalita Simplício, de 18, também velocistas.
O torneio terá 1.315 participantes, incluindo atletas-guia, competidores de 88 países, e as provas serão realizadas no estádio Suhaim Bin Hamad, na capital do Catar.
Na avaliação de Winkler, as delegações mais fortes para a competição são Inglaterra, Rússia, China, Estados Unidos, Brasil, Polônia, Ucrânia e Tunísia. Ele afirmou que Emirados Árabes Unidos e Catar se destacam em corrida com cadeira de rodas, enquanto Egito e Kuwait são fortes adversários nas provas de lançamento (de dardos, discos, etc.). Já o Marrocos tem se destacado nas provas de fundo (de longa distância).
Na última edição do Mundial Paralímpico de Atletismo, o Brasil ocupou o terceiro lugar no ranking de medalhas, com 16 de ouro, dez de prata e 14 de bronze, atrás de Rússia e Estados Unidos.


