São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira apresentou na manhã desta terça-feira (16) seu calendário de atividades em 2018 para associados, certificadores e parceiros, em café da manhã realizado na sede da entidade, em São Paulo. “Estamos construindo o futuro juntos”, disse o presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun, aos participantes. Compareceram 85 pessoas entre empresários e executivos, representantes de entidades setoriais, consultores, diplomatas e jornalistas.
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Hannun destacou que já na próxima semana, no dia 22, será realizado na sede da entidade o seminário “Princípios e Estratégia da Economia Islâmica”, promovido pelo Centro de Desenvolvimento da Economia Islâmica em Dubai (DIEDC, na sigla em inglês). “Eles vão abordar o que é a economia islâmica e o conceito expandido de halal, que vai além dos alimentos, é um estilo de vida”, observou o presidente.
Em fevereiro, Hannun lembrou que a Câmara Árabe vai promover no Yas Mall, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o Brazilian Festival, evento de promoção de produtos brasileiros que contará também com atrações culturais e esportivas. O Yas Mall é o quarto maior shopping center do mundo. “Quem se interessar, venha conosco, pois vai agregar valor ao evento”, disse.
A entidade irá organizar ações do gênero também em redes de hipermercados da Arábia Saudita e Egito sob o nome de Brazilian Week. “Vamos levar produtos de valor agregado para serem experimentados, chegando ao consumidor final”, ressaltou o presidente da Câmara Árabe.
O executivo destacou também a realização em abril do Fórum Econômico Brasil-Países Árabes, em São Paulo, promovido em parceria pela Câmara, pela União das Câmaras Árabes e pela Liga dos Estados Árabes. “Virão para cá representantes de vários países para debater temas como segurança alimentar, mercado halal, importância da marca e da imagem, entre outros”, afirmou Hannun. Os assuntos serão sempre explorados por um especialista brasileiro e outro árabe.
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O tema central do fórum será “Construindo o Futuro”. A coordenadora de Marketing da Câmara Árabe, Juliana Burza, acrescentou que serão discutidos também os cenários econômicos do Brasil e do mundo árabe, inovação e tecnologia, logística e investimentos.
Na seara dos investimentos, Hannun declarou que este ano a entidade continuará a trabalhar para atrair investimentos árabes ao Brasil, pois o País tem grande produção, especialmente na área agrícola, e fundos árabes têm recursos para financiá-la com o objetivo de importar os produtos a abastecer seus mercados.
Ele disse ainda que a entidade pretende abrir um escritório em Dubai, nos Emirados, e outro em Itajaí, cidade portuária em Santa Catarina. “Vamos abrir este ano um escritório em Dubai, ‘inchallah’ (‘se Deus quiser’, em árabe), para que nossos associados tenham apoio lá. Será o primeiro em países árabes”, disse. “Planejamos abrir escritórios também fora de São Paulo, primeiro em Itajaí (cidade portuária em Santa Catarina), para agilizar as atividades de certificação”, acrescentou.
Perspectivas
O diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, falou aos associados sobre as perspectivas econômicas do mundo árabe este ano. Ele projeta um crescimento de 2,2% para as nações do Golfo, grandes exportadoras de petróleo, e de 3% a 4% para as demais. Alaby deu destaque especial às perspectivas de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) da Arábia Saudita (1,6%), Emirados (3,1%) e Egito (4,3%).
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Os associados assistiram também a apresentações dos gerentes de diferentes departamentos das Câmara Árabe. Ianna Pimentel, coordenadora de Certificação, destacou que as certificações da origem e de documentos de exportação feitas pela entidade “são garantias para o exportador brasileiro e para o importador árabe”, e que confirmam que aquele processo atende às exigências do país de destino.
O assessor de projetos especiais da presidência da instituição, Tamer Mansour, ressaltou que todas as empresas que certificam na Câmara Árabe são também associadas e têm direito a outros serviços da organização.
Foram realizadas ainda apresentações sobre a ANBA, a nova política de associação da entidade e o calendário de atividades. A Câmara Árabe irá organizar pelo menos 27 ações de promoção comercial este ano, parte delas em 13 dos 22 países árabes. “E outras ações não previstas inicialmente poderão ocorrer ao longo do ano, como uma missão ao Catar [que não está no calendário]”, disse Hannun.
Objetivo
Para o presidente, o encontro com os associados cumpriu o objetivo de aproximar a Câmara Árabe de seus clientes. “Eles precisavam conhecer a estrutura da Câmara que podem utilizar. Para além das atividades, ver o que está por trás”, declarou. A ideia é que a entidade ofereça serviços cada vez mais customizados, de acordo com as necessidades do parceiro. Conforme disse Tamer Mansour, o lema é: “O associado é o nosso xeique”.
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O vice-presidente de Relações Internacionais da Câmara Árabe, embaixador Osmar Chohfi, acrescentou que os associados puderam conhecer “o amplo leque de iniciativas programadas para 2018 em diferentes áreas. “E as apresentações mostraram também que a Câmara Árabe tem uma capacidade enorme de ajudá-los a atingir seus objetivos”, afirmou. “Eles tiveram um panorama muito completo das oportunidades que se abrem no mercado árabe para os exportadores brasileiros”, concluiu.
Acompanharam o evento também os diretores da instituição Mohammed Mourad e William Atui, e o cônsul comercial do Egito em São Paulo, Mohamed Elkhatib.
A apresentação do diretor-geral Michel Alaby sobre as perspectivas econômicas para o mundo árabe e o calendário completo de atividades da Câmara Árabe estarão disponíveis para download em breve no site www.ccab.org.br.
