São Paulo – A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do Brasil deve fechar 2023 em 302,1 milhões de toneladas. Caso a previsão de safra se confirme, será 14,8% superior – com mais 39 milhões de toneladas – ao resultado do ano passado, quando foram colhidas 263,2 milhões de toneladas.
A estimativa é do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) realizado em abril e divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A área a ser colhida em todo o ano deverá ficar em 76,4 milhões de hectares, 4,3% a mais que em 2022.
Entre as principais lavouras de grãos do País, estão previstas altas em relação a 2022 para a soja (24,7%), o milho (8,8%), o algodão herbáceo em caroço (2,8%), o feijão (1,5%) e o sorgo (23%). Por outro lado, são esperadas quedas de 7,5% para o arroz, de 1,7% para o trigo e de 6,5% para a aveia.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também divulgou sua previsão de safra nesta quinta-feira. A Conab mede o ano safra, que vai de um ano ao outro, enquanto que o IBGE leva em conta a colheita realizada no ano civil ou ano cheio.
A estimativa da Conab para a produção de grãos no Brasil para a safra 2022/23 está em 313,9 milhões de toneladas. O volume é 15,2% maior do que o registrado na safra anterior (2021/22), percentual que decorre de um acréscimo de 41,4 milhões de toneladas.
Caso as expectativas sejam confirmadas, o Brasil estabelecerá um novo recorde na safra. De acordo com a Conab, o desempenho médio estimado também deverá ser recorde, com 4.048 quilos colhidos por hectare.