São Paulo – O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Brasil vão inaugurar três novos centros de recuperação de gases CFC nas cidades de Recife, em Pernambuco, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e na capital paulista. Estes gases danificam a camada de ozônio. As novas unidades serão abertas em abril e terão capacidade de regenerar 3,6 mil toneladas de gases por ano.
Os gases regenerados virão de geladeiras e aparelhos de ar condicionado e a regeneração permitirá que eles sejam novamente utilizados. Atualmente o Brasil possui dois centros deste tipo, com capacidade anual para 2,4 mil toneladas. Eles ficam em São Paulo e Rio de Janeiro e foram abertos em 2006, de acordo com informações do site das Nações Unidas.
O processo permite uma recuperação maior dos gases que a reciclagem convencional, já que é mais completo e retira mais impurezas. A abertura dos novos centros fazem parte do Plano Nacional de Eliminação de CFCs, levado adiante pelas Nações Unidas e o governo brasileiro. A recuperação dos gases faz parte do cumprimento das metas do Protocolo de Montreal, que determina a extinção da produção e importação do CFC 12, o mais danoso.
Os aparelhos refrigeradores precisam do gás para funcionar e, na manutenção dos equipamentos, ele costuma ser trocado. Durante a regeneração, máquinas retiram a umidade, partículas estranhas e óleo que contaminam o gás já utilizado. Com isso, ele pode ser utilizado novamente, evitando que o Brasil importe mais CFC de outros países. Após a regeneração, o gás é testado em laboratório para ficar igual a um gás virgem.
As capitais que receberão os novos centros foram escolhidas porque seus estados representam 60% do consumo de gases CFCs do país. O plano levado adiante pela ONU e o governo federal prevê que todos os estados do país tenham centros de recuperação até 2010. O custo de instalação das unidades é de cerca de R$ 300 mil.

