Rio de Janeiro – Até o fim deste ano, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve totalizar 256,1 milhões de toneladas, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da redução, pelo quarto mês seguido, na estimativa, o número mantém o nível recorde, ficando 0,8% acima da safra de 2020, que já havia sido recorde, com a produção de 254,1 milhões de toneladas.
Segundo o gerente da pesquisa, Carlos Barradas, a produtividade das lavouras de milho foi afetada pelo plantio tardio da segunda safra e pela falta de chuvas durante o ciclo da cultura, uma das principais commodities da agricultura brasileira. Somados, o milho, a soja e o arroz representam 92,4% da safra brasileira.
“O milho é plantado depois da soja e, como a soja atrasou, a janela de plantio do milho ficou menor. Já tendo sido plantada fora da época ideal e ainda tendo chovido menos do que o esperado no período do cultivo, a safra de milho foi bastante afetada pelos fatores climáticos. O rendimento médio do cereal apresenta um declínio de 16,7%”, disse.
A estimativa de produção de milho caiu 3,6%, passando para 91,6 milhões de toneladas. O número é 11,3% inferior ao de 2020. A colheita da soja já foi concluída e apresentou o melhor resultado na série histórica da pesquisa, com 133,4 milhões de toneladas. A produção ficou 9,8% acima da de 2020. Para o arroz, a estimativa ficou em 11,5 milhões de toneladas em julho, aumento de 2,6% em relação ao mês anterior e 4,1% a mais do que na safra de 2020.