Da redação
São Paulo – O setor industrial brasileiro lançou um projeto para modernizar a engenharia utilizada no país e aumentar a capacidade tecnológica das empresas nacionais. Chamada de Inova Engenharia, a iniciativa, coordenada pelo Instituto Lodi (IEL) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), foi apresentada ontem em Brasília.
O projeto será levado adiante com a parceria de 17 instituições do meio acadêmico e dos setores público e privado. As informações são da Agência de Notícias da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, a educação em engenharia representa um elemento essencial no processo de inovação tecnológica da indústria nacional e outros setores econômicos. Os países com maior índice de crescimento são aqueles que mais investem na sua capacidade tecnológica e inovadora.
O desafio que o Brasil enfrenta atualmente é tanto qualitativo quanto quantitativo. O país forma 20 mil novos engenheiros ao ano, porém, tem cerca de seis profissionais da área para cada mil pessoas economicamente ativas, enquanto países como Estados Unidos e Japão têm cerca de 25.
Uma das idéias do Inova Engenharia é modificar a dimensão e duração dos cursos de Engenharia no Brasil, que têm em média cinco anos. Outra proposta é promover uma maior aproximação entre o mundo acadêmico e as empresas, através de estágios, pesquisas colaborativas, mais docentes atuando como consultores nas empresas e profissionais da indústria lecionando em cursos de extensão.
Durante o lançamento do Inova Engenharia foram anunciadas linhas de financiamento para projetos que vão servir para promover a integração entre a academia e empresas e outros para aproximar escolas de engenharias e instituições do ensino médio. A iniciativa foi da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
Uma das ações já realizada pelo IEL dentro dos objetivos do Inova Engenharia, foi a ampliação de bolsas de estudos para alunos de graduação com o objetivo de desenvolver projetos de base tecnológica aplicados às demandas das indústrias. Outra iniciativa é a criação de núcleos de gestão da inovação em 15 estados brasileiros.

