São Paulo – O Grupo Amizade Brasil no Líbano reúne 62 brasileiras que se organizaram para se adaptar a sua nova vida no país árabe. Realizando eventos sociais e trabalho assistencial, elas encontraram uma maneira de dar sua contribuição à nação que adotaram como lar.
“O grupo já existe há uns 15 ou 20 anos, mas foi em 2014 que nos organizamos e passamos a fazer inscrições (para novas integrantes)”, conta Lívia Tawil, presidente do grupo e um de seus primeiros membros. “São 62 famílias cujas esposas são brasileiras, descendentes ou não de libaneses, mas que fizeram a escolha de morar no Líbano”, destaca Tawil, que nasceu em Salvador, tem mãe brasileira e pai libanês.
Há uma comissão de sete membros que organiza as atividades. “O objetivo principal é socializar e integrar as brasileiras que moram no Líbano. Trabalhamos dando assistência social e psicológica às novas brasileiras que chegam para se adaptar aos costumes, às tradições e à língua árabe, o que não é fácil", afirma Tawil.
Ela conta que também há atividade sociais para integrar as brasileiras dentro da sociedade libanesa e são feitas doações em asilos, orfanatos e escolas. O grupo oferece ainda apoio às brasileiras em questões legais da sua vida no país árabe.
Para as atividades assistenciais, são arrecadados itens como alimentos e cobertores para distribuição em diferentes instituições. Segundo Tawil, já foram ajudadas de 10 a 15 entidades, várias delas mais de uma vez. As brasileiras aceitam doações de pessoas e instituições que queiram contribuir com o trabalho social.
Segundo Tawil, o grupo conta com um importante apoio dos diferentes órgãos do governo brasileiro presentes no Líbano, como a embaixada, o setor consular, os militares brasileiros das Forças Interinas das Nações Unidas do Líbano (Unifil), o Conselho de Cidadãos Brasileiros no Líbano e o Centro Cultural Brasil Líbano.
Ela diz que todas as atividades são feitas em parceria com mulheres libanesas, que se juntam ao grupo por meio de laços familiares e de amizades feitas em eventos, como jantares e cafés da manhã, na vizinhança e nas escolas dos filhos, por exemplo. “Elas adoram o Brasil e participam de tudo (que o grupo organiza). Elas são muito abertas”, afirma, sobre as libanesas.
A iniciativa conta com mulheres de 28 a 70 anos de idade. As brasileiras que moram no Líbano e que quiserem se integrar ao grupo podem entrar em contato por meio da página no Facebook (www.facebook.com/groups/AmizadeBrasill/?fref=ts).