Dubai – A maior parte das empresas brasileiras que participou da edição deste ano da Big 5 Show, deixa Dubai com bons resultados. A Pettrus, que fabrica pedras de quartzo, vendeu o mostruário para a Arteco, que será sua representante na região. Estreante em feiras internacionais, a Pado fez contatos com empresas que deverão em breve se tornar clientes. O mesmo vale para a Universo Tintas e a fabricante de equipamentos para obras Menegotti.
Todas participaram da maior feira do setor de construção civil do Oriente Médio, que acabou nesta quinta-feira (8), no estande organizado em parceria pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). Neste ano, sete empresas expuseram do evento. Além destas, estiveram na edição de 2012 Deca (que fabrica metais sanitários), Tramontina (que levou cubas e pias) e a Astra, que fabrica, entre outros, chuveiros e caixas de descarga.
Além de encontrar um parceiro na região, a Pettrus fez mais de 200 contatos. Desde o começo do evento, o CEO da empresa, Maxwell Alcântara, apostava que suas pedras fariam sucesso com os árabes. "Quem é do setor se encanta com o nosso produto e era esse o meu objetivo ao vir para a feira. Acredito que minhas pedras têm potencial", disse. Os quartzos e quartzitos da empresa podem ser usados em decorações de lobby de hotel ou na fachada de um prédio, por exemplo.
Quem também celebrou o desempenho na Big 5 foi a gerente de exportação da Pado, Karli Vieira. "Temos boas perspectivas de negócios porque compradores de muitos países da região vieram nos visitar. Um deles é uma grande empresa do Paquistão. Acho que temos chances de vender para Emirados Árabes Unidos, Egito, Líbia, Gana, África do Sul, Camarões e Kuwait", disse.
Alguns dos motivos que levaram a empresa a receber muitos visitantes, disse Vieira, foram o fato de a empresa ser uma das únicas a expor cadeados como carro-chefe dos seus negócios, a qualidade inferior dos concorrentes da Ásia e a demanda do mercado. "Temos um produto melhor do que o dos chineses e um preço competitivo com os europeus. O espaço de alguém nós deveremos ocupar", disse.
O gestor de exportação da Menegotti, Thiago Sandrini Leite, também disse que a empresa recebeu visitas de empreendedores que deverão fechar pedidos. Muitos deles, afirmou, se interessaram pela betoneira hidráulica e pela torre de iluminação que a empresa catarinense produz. Segundo Sandrini, 40% dos visitantes que ele recebeu na Big 5 eram sauditas, 40% eram empreendedores dos Emirados Árabes e os 20%, de outros países da região . "Se nós trabalharmos bem com esses prováveis clientes depois, poderemos fechar negócios", disse.
Desempenho regular
Algumas das empresas que participaram da feira disseram que seu desempenho foi "regular". Para o trader da Astra, Mark Dotto, o estande da companhia recebeu mais visitas em 2011. "Acho que neste ano, a feira teve um movimento um pouco menor e a localização do nosso estande não foi tão boa como no ano passado", disse. Em 2011, o estande do Brasil ficou no corredor principal da feira. Neste ano, ocupou um espaço de 72 metros quadrados em um pavilhão mais distante da entrada principal.
A Deca e a Tramontina também afirmaram que gostariam de ter feito mais contatos nos quatro dias da exibição. A Tramontina, que neste ano levou cubas de vidro temperado e pias, deverá retornar no ano que vem com a linha de ferramentas.

