São Paulo – De ouro a móveis, Dubai tem uma gama de produtos que quer exportar ao Brasil. Nesta quinta-feira (08), empresários e executivos brasileiros puderam conhecer melhor estas oportunidades de negócios em evento realizado pela Dubai Exports na sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A Dubai Exports é a agência de promoção de exportações do emirado.
“Temos capacidade para fornecer contatos, fazer serviço de matchmaking (agendamento de reuniões), realizar missões e organizar visitas a fábricas em Dubai”, explicou Bruno Bassi, gerente de Desenvolvimento de Exportações da Dubai Exports no Brasil. Bassi destacou que a instituição tem realizado ações em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e com a Câmara Árabe, além de outros órgãos no Brasil, para mostrar os produtos e serviços que Dubai tem para exportar.
Atualmente, mostrou Bassi, os principais produtos de exportação de Dubai, fora do setor petrolífero, são pedras e pérolas, que representam 39% das vendas externas da cidade, alumínios e derivados (11%) e plásticos e seus subprodutos (5%).
Na apresentação, Bassi apontou que os produtos de maior interesse de exportação ao Brasil são ouro e itens de joalheria, perfumes, alimentos, aço e alumínio, plásticos, equipamentos médicos, móveis e itens de decoração.
O gerente da Dubai Exports destacou, no entanto, que o emirado não tem intenção de fazer concorrência com os produtos produzidos internamente. “Nossa visão é sempre ser complementar às economias (dos países para os quais exporta). O alumínio que Dubai exporta para o Brasil não é o mesmo que o Brasil produz”, exemplificou.
“No setor de ouro e joalheria, estamos organizando uma missão para a Feninjer (Feira Nacional da Indústria de Joias, Relógios e Afins, que ocorre em São Paulo) e vamos tentar trazer pelo menos duas ou três indústrias de ouro para conhecer a feira, conhecer alguns distribuidores e fazermos um tour com eles por algumas grandes cadeias de distribuição de joalherias e pedras preciosas”, falou Bassi sobre uma das ações que já estão sendo planejadas para o próximo ano.
Sobre as oportunidades de exportações de perfumes, Bassi lembrou que o emirado já vende produtos de alto custo para o Brasil, mas que também há possibilidades de negócios com perfumes de menor custo.
“Temos empresas que têm conseguido se estabelecer em um nicho muito interessante que são perfumes que vão de um dólar até 20 dólares no máximo. São esses produtos que a gente tem buscado também colocar no mercado brasileiro. Temos, por exemplo, a empresa Nabeel Perfumes que está prestes a consolidar uma segunda exportação ao Brasil. Eles começaram no mercado de Goiás com um distribuidor local e agora querem abarcar todo o mercado nacional, principalmente Norte e Nordeste, que são os mercados onde estes produtos têm maior apelo”, revelou Bassi.
A informação despertou o interesse do empresário Maurício Beretta, sócio-diretor da Beretta & Francini Comércio de Importação e Exportação, com sede na capital paulista. “Interessante é o preço, o valor do produto, que a meu ver fica fácil para entrar no mercado brasileiro. Por isso, pensei em fazer uma representação desse produto, para eu ser o distribuidor e fornecedor exclusivo no Brasil”, afirmou. A empresa, que atualmente importa tecidos e aviamentos, está começando a negociar a comercialização de perfumes do México.
Outro setor que conta com um planejamento de ações para o próximo ano é o de equipamentos médicos. “A gente está tentando formar um grupo para vir para a [feira] Hospitalar do ano que vem. Esse também é um setor que a gente tem conseguido avanços muito significativos. Dubai se tornou, nos últimos anos, um centro de turismo hospitalar. Muitas pessoas têm buscado tratamento médico em Dubai e isso também levou a indústria a se desenvolver e buscar sempre inovar e fornecer novos equipamentos e insumos”, apontou Bassi.
Na plateia, Thiago Belviso, da Belviso Corretora, também de São Paulo, quis saber mais sobre o assunto. “Além de seguros, temos consultoria na área de exportação e importação. Viemos aqui com esse foco, conhecer o mercado de Dubai, como eles atuam e levar para os nossos clientes. Temos demanda por marca-passo, equipamentos óticos, equipamentos na área cirúrgica e voltados a testes neurológicos”, contou.
Quem quiser saber mais sobre as possiblidades de exportação dos produtos de Dubai pode entrar em contato com o escritório de representação da Dubai Exports em São Paulo pelo telefone 11 4063-6066.