São Paulo – A Associação dos Exportadores de Moda do Distrito Federal (AMODF) foi criada em Brasília, na semana passada, por 31 empresas fabricantes de vestuário, acessórios, complementos e artesanato. Como a grande maioria das empresas já é exportadora, o objetivo é traçar uma estratégia de ação eficiente para a conquista de novos clientes. “Juntamos essas várias marcas e por meio do associativismo pretendemos conquistar cada vez mais clientes no mercado externo”, afirmou Fernando Japiassu, presidente da AMODF.
Segundo ele, as primeiras ações do grupo serão acertadas na próxima semana e incluem a definição da participação em feiras na Europa, Estados Unidos e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. “Vamos analisar quais eventos poderão ser mais interessantes para nossos associados. Também vamos buscar apoio de entidades como Apex (Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos) para auxiliar na busca de oportunidades”, afirma. Hoje os principais mercados importadores das empresas associadas à AMODF são Espanha, Portugal, França e Estados Unidos.
“Temos um potencial enorme e criativo por aqui. Até hoje Brasília é conhecida como uma cidade consumidora de alto poder aquisitivo e que, já há alguns anos, despontou também como referência em produção de moda, com várias marcas que fazem sucesso em diversos estados brasileiros e também no exterior”, destaca.
E falar em ir além das fronteiras do Brasil é seguir os passos de empresários como o próprio Japiassu. Dono da marca de moda praia Summershop, que hoje exporta para o Chile, Portugal, África do Sul e Estados Unidos. A empresa está há 21 anos no mercado de Brasília, onde tem seis lojas, que geram mais de 100 empregos diretos e 200 indiretos. Além disso, mantém 21 escritórios de representação no Brasil e mais de 200 pontos-de-venda. No Brasil o carro-chefe da marca são as sungas masculinas. Já para o mercado externo, a grande aposta são as roupas esportivas femininas.
O empresário lembra que no começo a empresa comercializava multimarcas. Dez anos atrás montou sua própria confecção. Para começar a exportar, o empresário buscou consultoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebare) e de outras instituições. Ele reforça que a capacitação é a base de tudo e é preciso estar de olho nas tendências de mercado. “As empresas precisam estar preparadas para vender para fora do país. A internacionalização já é uma tendência” assegura.
Para o presidente da AMODF, exportação não é algo tão complexo como muitos empresários imaginam. “O problema é que ainda falta cultura exportadora e a compreensão de que, quanto mais canais de distribuição a empresa tiver, melhor”, destaca. “Até porque quando a empresa se capacita para o mercado externo acaba se fortalecendo também no mercado interno”, garante.
Japiassu defende a importância de adequar os produtos com base na pesquisa de mercado. “O biquíni brasileiro, por exemplo, já é consagrado no exterior porque as empresas se preocupam em confeccioná-lo ao gosto da cliente estrangeira. Agora é preciso caminhar para consagrar outro, ou muitos outros produtos”, diz.
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