Dubai – O estande da Companhia Cacique de Café Solúvel, dona da marca Café Pelé, na Gulfood, feira do ramo alimentício em Dubai, recebeu hoje (22) a visita de dois representantes interessados em comprar o café brasileiro.
Falah Habeeb, diretor da empresa iraquiana Alghida Trading FZCO, conta que a empresa possui uma marca própria de chás, a Crestea, e agora quer usar esta mesma marca para vender café. “A marca Pelé é muito famosa”, diz Habeeb, ao afirmar que já conhecia a companhia brasileira, que possui um representante no Iraque.
Segundo o executivo, o negócio de café ainda é novo para a Alghida. No entanto, a empresa já faz negócios com outros setores de alimentos no Brasil. Em 2009, a companhia comprou cerca de duas mil toneladas de frango e 200 toneladas de carne bovina do país. Em relação ao café, Habeeb diz que pretende começar com a compra de um contêiner de 25 toneladas.
Argélia Andrade, gerente da conta de Oriente Médio da Cacique, diz que este já é o segundo contato que faz com o representante da Alghida, que também esteve ontem no estande da empresa. Por isso, ela diz acreditar na concretização da venda. “A expectativa é muito grande porque, geralmente, quando os clientes voltam pela segunda ou terceira vez é porque realmente estão interessados.”
Em 2009, a Cacique vendeu sete contêineres de 25 toneladas para empresas iraquianas.
Argélia também conversou com um grupo de compradores da trading síria Zakzouk, interessados na compra de café a granel. “Eles gostaram da qualidade e parecem que estão muito interessados, pediram cotação, e vou retornar para eles ainda esta semana. A Síria é um mercado muito grande, que vem crescendo bastante”, diz a executiva. “Acho que vamos ter uma resposta em breve”, completa.
Chá mate
A Associação Brasileira das Indústrias de Erva-Mate (Abimate) também está satisfeita com os resultados que obteve nos dois primeiros dias da Gulfood.
Segundo Heroldo Secco Junior, gerente de Projetos, a associação já realizou contatos para prováveis vendas para Síria, Emirados Árabes e Líbano. Ele conta que o maior interesse dos árabes é na compra de erva a granel, mas também houve interesse pela realização de uma joint venture para a comercialização de refrigerante de erva-mate.
“Para eles (os árabes), é uma surpresa que o Brasil seja um produtor de chá e já ofereça produtos prontos para beber”, diz Secco.
“A empresa brasileira fará a transferência de produção e também a adaptação da formulação para o gosto local, recebendo os royalties pela comercialização do produto”, relata Secco, sobre como será feita a parceria caso seja efetivada.
Esta é a primeira vez que a Abimate participa da Gulfood. De acordo com o executivo, somente nos dois primeiros dias da feira, a associação já realizou treze contatos com chances reais de concretização de negócios.