São Paulo – Empresas paulistas interessadas em vender aos países árabes puderam conhecer um pouco mais sobre esse mercado nesta quarta-feira (13) por meio da participação da Câmara de Comércio Árabe Brasileira no “Seminário SP Export e Poupatempo do Exportador”, na capital paulista. O evento reuniu uma série de instituições e prestadores de serviços que facilitam o comércio internacional para atendimentos, palestras e rodadas de negócios voltados a exportadores.
A Câmara Árabe teve espaço de atendimento individual para empresas com o Executivo de Vendas, Filipe Ferraz, e participou ainda com uma palestra sobre os países árabes e suas oportunidades, feita pela head de Consultoria Internacional e do laboratório de inovação CCAB Lab, Karen Mizuta. O evento foi promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE) e a InvestSP, que é a agência de promoção de investimentos do governo de São Paulo, e aconteceu na sede das duas.
De acordo com Ferraz, a maioria das empresas que procuraram o atendimento da Câmara Árabe tinham experiência em exportação e queriam informações sobre o funcionamento do mercado árabe. Também procuravam saber a respeito das ações de promoção comercial, como feiras e rodadas de negócios, que a Câmara Árabe promove e como funciona o processo associativo da instituição. Elas eram fornecedoras de produtos como água, produtos para pets, móveis, café, entre outros.
Cassiano da Cruz Neto, da empresa LCM, da cidade paulista de Presidente Venceslau, participou do Poupatempo do Exportador e foi atendido pela Câmara Árabe. Produtora de artefatos de borracha, como brinquedos pet, bolas de tênis, bolas de beach tennis e raquetes, a companhia já é uma exportadora, com presença em mercados como América do Sul e Estados Unidos, mas ainda não fornece aos países árabes. “Queremos expandir nosso mercado”, explicou Neto para a ANBA.
Quem são os países árabes
Por meio da palestra de Mizuta, os interessados nos países árabes tiveram um panorama sobre a região. Dados como o Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,2 trilhões, o mercado consumidor de 460 milhões de habitantes, a população muito jovem e o fato de ser o terceiro maior parceiro comercial internacional do Brasil foram destacados pela head. Mizuta contou sobre a força da região no petróleo, mas também dos esforços pela diversificação econômica, o que, segundo ela, abre muitas oportunidades de negócios.
Mizuta apresentou a balança comercial do Brasil com os países árabes, atualmente muito centrada em exportações brasileiras de commodities, especialmente alimentos, para a região e o domínio do petróleo e seus produtos, além dos fertilizantes, nas vendas árabes ao Brasil. Ela listou como áreas a serem exploradas para diversificar a pauta: produtos halal (feitos segundo regras do Islã), materiais de construção, alimentos processados e orgânicos, cosméticos, moda, maquinário agrícola e fármacos.
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