São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Federação das Câmaras de Comércio Egípcias assinaram um memorando de entendimento para promover o comércio bilateral. O objetivo do acordo, assinado nesta sexta-feira (06), na sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), é viabilizar a meta de crescimento da corrente comercial entre o Brasil e o Egito de US$ 1,5 bilhão atualmente para algo em torno de US$ 5 bilhões nos próximos quatro anos.
Em visita ao Brasil esta semana, o ministro da Indústria e Comércio do Egito, Rachid Mohamed Rachid, que participou do evento na Fiesp, disse que, com o acordo de livre comércio entre seu país e o Mercosul, assinado a segunda-feira (02), o comércio entre egípcios e brasileiros pode mais do que dobrar no período de três a quatro anos.
O ministro viajou acompanhado de uma delegação de empresários egípcios. A assinatura do acordo, segundo Rachid, cria oportunidades para exportações de produtos como frango, papel, café solúvel e automóveis. Cerca de 130 pessoas assistiram ao evento na Fiesp.
Para aproximar cada vez mais os empresários brasileiros e egípcios foram criados três grupos de trabalho, de acordo com o ministro. O primeiro atuará com a eliminação de entraves aduaneiros e no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários; o segundo vai tentar viabilizar financiamentos para os negócios; e o terceiro é o de logística e transporte, que tem por objetivo resolver gargalos nesse segmento.
“Esperamos missões [empresariais]. O mais importante será a indústria agrícola. Uma missão egípcia vai tratar do tema dos fertilizantes. Eles vão visitar mais de uma região no Brasil", disse Rachid, que ontem discutiu o assunto com o ministro brasileiro da Agricultura, Wagner Rossi.
O ministro destacou oportunidades em setores como tecelagem, equipamentos de engenharia e mecânica, automotivo, de eletrônicos, de medicamentos, tecnologia em geral, petróleo e gás. “Existem vários setores e esperamos que os empresários possam explorar essas oportunidades. O grande desafio serão as informações. Para isso contamos com o apoio da Câmara Árabe e de entidades como a Fiesp. Estou otimista e sei que há aproximação grande entre Brasil e Egito.”
“Temos suporte do governo [brasileiro] e a presença do ministro Rachid, o que reitera o apoio aos homens de negócios brasileiros e egípcios, para que possam atingir a meta [de crescimento do comércio]”, afirmou o presidente da Câmara Árabe, Salim Taufic Schahin.
Schahin convidou os empresários brasileiros a visitar a Câmara Árabe para que possam obter informações e também pensar em investir no Egito. “País com grande estabilidade política e com legislação bastante benéfica para investimento”, destacou. “O Egito possui atrações turísticas espetaculares e, após conhecer a parte cultural, [o empresário] poderá conhecer melhor as oportunidades de negócios”, afirmou.

