São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro concedeu a insígnia da Ordem de Rio Branco à Câmara de Comércio Árabe Brasileira na última quinta-feira, 25 de novembro. A Ordem de Rio Branco é destinada a laurear aqueles que tenham se tornado merecedores do reconhecimento do governo brasileiro, servindo para estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção, além de distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas.
“É uma grande honra para a Câmara Árabe receber a Ordem de Rio Branco, que é um reconhecimento ao trabalho que a entidade vem fazendo há quase 70 anos nas relações econômicas, sociais e culturais do Brasil com os países árabes, e sempre que necessário, participando de ações humanitárias, como mais recentemente a Câmara se juntou a outras entidades para dar um auxílio para os nossos irmãos libaneses após a tragédia no Porto de Beirute”, disse à reportagem da ANBA o presidente da Câmara Árabe, Osmar Chohfi.
A insígnia da Ordem do Rio Branco foi instituída pelo então presidente João Goulart, em fevereiro de 1963. Ela pode ser conferida a pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras. Também pode ser concedida uma insígnia a corporações militares ou instituições civis. A Ordem de Rio Branco tem esse nome em homenagem ao patrono da diplomacia brasileira, o Barão do Rio Branco.
A insígnia da Ordem (foto acima) é uma cruz de quatro braços e oito pontas esmaltadas de branco, tendo no centro a esfera armilar, em prata dourada, inscrita, num círculo de esmalte azul, a legenda “Ubique Patriae Memor”, do mesmo metal. No reverso dourado, as datas 1845-1912. Do latim, “Ubique Patriae Memor” se traduz como “Em qualquer lugar, terei sempre a Pátria em minha lembrança”. A frase foi extraída do ex-libris do Barão do Rio Branco. Os anos que aparecem no verso da insígnia são os de nascimento e morte do Barão.
Além da Câmara Árabe, a Câmara de Comércio Brasil-Líbano também recebeu a insígnia, bem como o Grupo Amizade Brasil no Oriente Médio (Líbano) e a Diocese de Rabat (Marrocos). “Como presidente da Câmara Árabe, me sinto muito feliz por esse reconhecimento que é devido ao trabalho de todos que compomos o corpo dirigente e funcional. É um prazer para a Câmara Árabe estar em companhia da nossa coirmã, a Câmara de Comércio Brasil-Líbano, entre outras entidades árabes”, declarou Chohfi.
Câmara Árabe
A Câmara de Comércio Árabe Brasileira trabalha com o propósito de conectar brasileiros e árabes para promover o desenvolvimento econômico, cultural e social da regiões há quase setenta anos. As parcerias e acordos de entendimento com órgãos governamentais, empresas e associações fazem parte da estratégia para levar a missão da instituição adiante. Como membro da União das Câmaras Árabes, a Câmara Árabe é reconhecida pela credibilidade e forte atuação como a única representante legítima no Brasil dos interesses comerciais dos países da Liga dos Estados Árabes – instituição que congrega os 22 países independentes que adotam o árabe como idioma oficial.
Para conectar brasileiros e árabes, a entidade oferece uma série de benefícios fundamentais para a realização de negócios, como contatos de empresários, estudos e pesquisas de mercado, participação em feiras, rodadas de negócios, palestras, missões comerciais, entre outras atividades. A Câmara Árabe tem sede em São Paulo e escritório em Itajaí, no estado de Santa Catarina. No exterior há unidades em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e no Cairo, capital do Egito. Em breve deve ser aberto escritório na Arábia Saudita.
Trabalhar estreitamente com os governos brasileiros para promover a relação do Brasil com os árabes faz parte da estratégia da entidade. A Câmara Árabe tem apoiado comitivas lideradas por ministros e pela presidência do Brasil em missões aos países árabes, como ocorreu em viagem do presidente Jair Bolsonaro ao Golfo neste ano. A instituição abriu seu escritório no Cairo neste ano na presença do vice-presidente Hamilton Mourão, que também foi convidado de honra de seminário realizado pela entidade em Dubai. A Câmara Árabe também promoveu o Fórum Econômico Brasil-Bahrein em Manama, no Bahrein, durante visita de Bolsonaro ao país.
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