São Paulo – O comércio entre Brasil e países árabes tem potencial a ser explorado, o que poderá acontecer nos próximos anos com apoio das câmaras árabes. Nesta quarta-feira (21), a conselheira da União Geral das Câmaras Árabes, Sara El Gazzar, o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Belga-Luxemburgo, Qaisar Hijazi, e o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour, discutiram o papel das câmaras como incentivadoras de projetos. O encontro foi parte do Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, organizado pela Câmara Árabe, e teve a mediação do diretor da instituição Mohamed Abdouni.
“A União das Câmaras Árabes tem envidado diferentes esforços para dar apoio a cadeias produtivas em países árabes”, afirmou El Gazzar. “Uma delas é o apoio a pequenas e médias empresas, com treinamento, suporte técnico, financiamento e inovação para a segurança alimentar. Outra é para digitalização, junto com União de Bancos Árabes, para aumentar a segurança de transações e economia digital. Estamos também trabalhando com plataformas para combinar oferta e demanda e usar base de dados para facilitar o comércio”, disse ela.
Hijazi destacou a importância no trabalho conjunto de câmaras para solucionar desafios comuns. “As câmaras árabes de Brasil, Bélgica e todo lugar são articuladores em meio a todas as partes para se chegar a tecnologias necessárias. A nova política, no sentido agrícola, é a agricultura sustentável”, afirmou, ao citar dois dos desafios.
Mansour também destacou a importância em se trabalhar em parceria para atingir objetivos comuns. Ele citou, por exemplo, a necessidade de se estabelecer uma linha marinha direta entre Brasil e árabes. Afirmou que a tecnologia de blockchain, com plataforma recentemente lançada pela Câmara Árabe, tem o potencial de unificar os países dentro de um projeto comercial.
Mansour também disse que é preciso evoluir da relação do Brasil como exportador de alimentos e dos árabes como consumidores para uma relação em que os árabes são produtores e reexportadores de produtos com know-how brasileiro. “Tudo isso nos leva à importância de fazer estudo conjunto para analisar potenciais, trabalhar sempre com visão de ganha-ganha e parceria de longo prazo”.
Na foto acima, Mansour (à esquerda) e no vídeo Abdouni (esq.), Hijazi (centro) e El Gazzar (dir.).
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*Reportagem de Marcos Carrieri, especial para a ANBA