São Paulo – Para atualizar sua playlist no novo ano, a ANBA fez uma lista com sugestões de álbuns e artistas árabes da Jordânia, Palestina, Marrocos, Líbano, entre outros países da região. Nomes como Zeina, Rasha Nahas e Postcards fazem parte da seleção compilada com informações do jornal saudita Arab News.
Issam Al-Najjar se tornou uma sensação entre os adolescentes jordanianos e vem ganhando espaço internacionalmente com seu sucesso “Hadal Ahbek”, que viralizou no Tiktok.
A cantora canadense-palestina Nemah Hasan (foto acima), também conhecida como Nemahsis, lançou recentemente seu single de estreia “What If I Took It Off For You?” depois de compartilhar trechos de seus vocais nas redes sociais. A música pede um tratamento mais justo às mulheres que usam o hijab.
O disco “When Smoke Rises” do cantor sudanês que vive em Toronto Mustafa, The Poet, foi listado entre os melhores álbuns do The New York Times de 2021 pela crítica especializada.
Além de sua voz potente, a cantora marroquina Abir muitas vezes desafia a forma como as mulheres árabes são vistas em todo o mundo.
A cantora libanesa de Montreal Zeina começou a escrever música aos 16 anos, buscando inspiração em nomes como Jay Z, 50 cent e Drake. Ela estreou um videoclipe para seu último single “Talk Luv” em agosto.
A cantora, compositora e multi-instrumentista palestina Rasha Nahas nasceu em Haifa e vive em Berlim. Seu grande talento se revela já no primeiro álbum, “Desert”. A violonista com formação clássica tem voz mansa e entrega altas cargas de emoção em suas canções e performances. No geral, o álbum de estreia é um indicativo de uma artista que traz imensa promessa, profundidade e intensidade.
O novo álbum do trio de Beirute Postcards, “After the Fire, Before the End”, foi inspirado no evento da explosão do Porto de Beirute, em agosto de 2020. A cantora Julia Sabra estava com seu parceiro, o baterista Pascal Semerdjian, quando ele foi quase fatalmente ferido pela catástrofe na capital libanesa. As cicatrizes profundas do trauma coletivo são evidenciadas no álbum, pontuado pela resistência de sobreviventes determinados a seguir em frente.
O talento da cantora Tamara Qaddoumi fica ainda mais evidente no seu último EP, “Soft Glitch”. A história intrigante da cantora nascida no Kuwait – ela teve uma educação palestina, libanesa e escocesa, e estudou teatro físico e drama – é uma característica indelével da abordagem multifacetada de sua arte. As quatro músicas do EP “Soft Glitch” trazem trip-hop, música eletrônica e os vocais hipnóticos de Qaddoumi.
Este foi um ano de transformação para o rapper, cantor e letrista palestino-jordaniano Laith Al Husseini – também conhecido como The Synaptik. “Al Qamar Wal Moheet” (A Lua e o Oceano, em árabe) é um álbum que traz a introspecção, exame de consciência e a mudança pessoal do artista. Terminando seu curso de medicina, ele se mudou para Ramallah e deixou de usar o remédio para TDAH. O resultado é um disco de hip-hop e trap cerebral não-conformista que gira em torno de elementos de R&B, pop e música palestina tradicional, enquanto carrega a marca inconfundível da metodologia lírica do artista.
Com curadoria do “Beirut & Beyond’s Musicians Support Program”, fundado para apoiar a cena musical independente do país à luz das crises sistêmicas que os libaneses vêm enfrentando nos últimos dois anos, o álbum Beirut 20/21 reúne uma lista de artistas conhecidos e revelação. A compilação inclui faixas de Dani Shukri, Tarek Khuluki e Khaled Omran, bem como dos experimentalistas de música eletrônica Kid Fourteen (também conhecido como Khodor Ellaik) e Liliane Chlela, entre outros. A antologia é um lembrete potente da inovação e energia que ainda impulsionam uma comunidade de criadores diante de um momento de crise.