Da Agência Brasil
Rio – As carnes bovinas e suínas foram os produtos que mais pressionaram a aceleração dos preços no setor de alimentos entre os dias 18 de novembro e 17 de dezembro. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) divulgado hoje pela Fundação Getúlio Vargas, o preço das carnes bovinas subiu de 3,26% (entre 18 de outubro e 17 de dezembro) para 3,58%, e a carne suína apresentou variação de 3,12% contra 2,82% durante o mesmo período.
Apesar da aceleração verificada nos preços dos alimentos (de 0,12% para 027%), alguns produtos importantes na despesa familiar ficaram mais baratos, entre eles as frutas (3,24% para 2,11%), aves e ovos (2,01% para 1,88%) e pescados frescos (2,65% para 2,26%).
O IPC-S de 17 dezembro, divulgado hoje, se manteve estável desde a última apuração, ocorrida entre os dias 14 de novembro e 13 de dezembro. Mesmo com a manutenção da taxa, as mudanças ocorridas nos setores de transportes e habitação acabaram exercendo maior influência sobre o índice. Os dois grupos são responsáveis por 59% da variação total do índice divulgado nesta segunda-feira.
No caso dos transportes, a variação nos preços refletiu o último reajuste dos combustíveis, ocorrido há menos de um mês. A variação de preços foi de 0,16 ponto percentual, o que fez com que a inflação no setor subisse de 1,96% para 2,12%. Já o grupo habitação sofreu uma contribuição menor do último reajuste da tarifa telefônica fixa, em vigor há mais de 30 dias, apesar de o reajuste ter sido o item que mais contribuiu para a formação da taxa do grupo.
De acordo com a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas o aumento na tarifa de telefone residencial teve impacto de 0,05 ponto percentual na variação dos preços dos produtos, o que equivale a 49% da influência total registrada no setor de habitação.
O grupo vestuário teve variação de 0,08 ponto percentual. Apesar de classificado pelos especialistas como um índice considerável, a contribuição do grupo para a formação do IPC-S é decrescente. Dos cinco subgrupos pesquisados, três apresentaram queda nos preços, com destaque especial para roupas (1,82% para 1,76%) e calçados (1,06% para 1,03%).
O setor de saúde e cuidados pessoais ficou estável. A taxa passou de 024% para 0,25%. Já os preços do grupo educação, leitura e recreação apresentaram aceleração de 0,07 ponto percentual, o que provocou elevação na taxa para 0,40% em função do período de férias e renovação de matrícula.