São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira anunciou nesta quinta-feira (22) a criação da versão digital da Casa Árabe, um espaço que será voltado para a cultura e a imigração árabe. A Casa Árabe inicialmente terá formato virtual, mas deve receber uma sede no futuro, segundo anúncio feito pelo presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun, e a diretora cultural, Silvia Antibas.
A apresentação da iniciativa ocorreu no Fórum Econômico Brasil & Países Árabes. Hannun falou que se trata da realização de um sonho. “A Casa Árabe é um sonho que a gente está realizando agora”, concordou Silvia. “Vai representar a casa, o jeito de viver dos árabes nos 22 países”, disse a diretora, detalhando que os países são bem diversos entre si em seu jeito de viver e de fazer arte.
A casa será um espaço para dança, quadrinhos, games, gastronomia, caligrafia, língua árabe, cursos, exibição de trabalhos artísticos atuais. A ideia é que seja também um local para abordagens sobre a vida dos imigrantes árabes e descendentes no Brasil.
A versão digital da Casa Árabe foi anunciada com a participação de parceiros da ideia, o publicitário Roberto Duailibi, o diretor do Centro de Estudos e Culturas da América Latina (Cecal) da Universidade Saint Esprit de Kaslik (Usek), Roberto Khatlab, e o presidente do Instituto da Cultura Árabe (Icarabe), Mohamed Habib. “É semeadura, tenho certeza que logo logo será um jardim, um jardim cultural”, disse Habib, ressaltando que a Câmara Árabe transcendeu o trabalho na área econômica para as demais dimensões.
A Usek leva adiante com a Câmara Árabe um projeto de digitalização da memória da imigração árabe no Brasil e a ideia é que ele tenha um espaço dentro do portal da Casa Árabe. Khatlab contou sobre a iniciativa no fórum. Duailibi leva adiante o projeto de uma biblioteca sobre a imigração sírio-libanesa, que já ganhou versão digital. O publicitário relatou que ao implementar a ideia sentia que essa era uma missão que tinha em relação aos estereótipos dos árabes que estavam disseminados pelo Brasil.
Na foto acima, Silvia e Hannun, e na tela Duailibi (esq.), Khatlab (centro) e Habib (dir.).
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