São Paulo – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (Mapa) confirmou nesta quinta-feira (02) que o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) registrado no Brasil é atípico. Em função disso, o governo brasileiro vem tomando providências para que as exportações de carnes bovinas a países que suspenderam as compras sejam restabelecidas. China, Jordânia, Tailândia e Irã paralisaram provisoriamente as importações e a Rússia o fez em relação ao estado Pará, onde foi registrado o caso de EEB, conhecido como “mal da vaca louca”.
O fato de ser atípico significa que a doença ocorreu por causas naturais em um único animal e não em um grupo de animais pela contaminação por produtos ingeridos, não havendo risco de disseminação da doença ao rebanho ou ao ser humano. O caso isolado foi registrado em pequena propriedade do município de Marabá, Norte do Brasil.
“Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de 9 anos de idade e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível”, informou o governo brasileiro em nota.
Caso atípico
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informa que a partir da confirmação do caso, em 22 de fevereiro, adotou transparência nas ações e tem adotado todas as medidas exigidas pelos acordos internacionais para a exportação da carne bovina brasileira. O fato do caso ser atípico foi confirmado pelo corpo técnico do Mapa na noite de quinta-feira (02) após análise de laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Segundo o Mapa, trata-se de um caso atípico do tipo H. Em nota divulgada, o ministério brasileiro ressaltou a comunicação oficial imediata feita do fato à OMSA e às autoridades chinesas.
Importadores
A Jordânia não está entre os maiores compradores de carne bovina brasileira. O país árabe importou no ano passado US$ 26 milhões em carne fresca ou refrigerada do Brasil e US$ 25,7 milhões em carne congelada, de acordo com dados oficiais compilados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Os maiores importadores do produto em 2022 foram, por ordem decrescente, China, Estados Unidos, União Europeia, Egito e Hong Kong.