Ras Laffan – A estatal de energia do Catar, a Qatar Energy, começou nesta terça (03) as obras de um projeto para expandir a produção do maior campo de gás natural do mundo, o Campo Norte. O processamento terrestre da operação fica em Ras Laffan, a 80 quilômetros da capital do país árabe, Doha. A demanda por gás do Catar tem crescido pela dificuldade de nações consumidoras europeias de substituir as entregas russas.
O emir do país árabe, Tamim bin Hamad Al-Thani, presidiu uma grande cerimônia para colocar a pedra inaugural da expansão do campo. Ele escreveu no X (Twitter) que o projeto “se encaixa em nossa estratégia de fortalecer a posição do Catar como um produtor global de gás natural liquefeito (GNL)”. O ministro de Energia do Catar, Saad al-Kaabi, chamou o projeto de um “salto rumo à liderança do país no campo de energia”.
Ao aumentar a produção no campo, que se estende sob o Golfo até o território iraniano, o Catar deve aumentar sua produção de GNL em 60% ou mais para 126 milhões de toneladas por ano até 2027. Espera-se que o GNL da expansão esteja disponível em 2026. Países asiáticos, liderados por China, Japão e Coreia do Sul, são o principal mercado do gás do Catar, que, porém, também tem sido cada vez mais procurado por países europeus desde a invasão russa na Ucrânia, no começo do ano.
O presidente da francesa TotalEnergies, Patrick Pouyanne, disse aos jornalistas que a expansão do Campo Norte foi um “projeto enorme” que se deve ao aumento da demanda europeia por GNL. “Precisamos de mais oferta. Isso está claro. Mas o mercado ainda está frágil”, Pouyanne falou. “Trata-se de um projeto em grande escala que deve proporcionar certo alívio para esse mercado”, ele acrescentou.
O Catar é um dos maiores produtores de GNL do mundo, assim como os Estados Unidos, a Austrália e a Rússia. A Qatar Energy estima que o Campo Norte abriga 10% das reservas de gás natural conhecidas do mundo.
É proibida a reprodução deste conteúdo.
Traduzido por Guilherme Miranda