São Paulo – As perspectivas econômicas do Catar são positivas e o crescimento deve se recuperar significativamente no segundo semestre deste ano, segundo disse o presidente do Banco Central do Catar (QCB, na sigla em inglês), Abdulla bin Saoud Al Thani (foto acima) à revista Euromoney em entrevista prévia à Euromoney Qatar Conference, que ocorre de 8 a 9 de dezembro em Doha. A notícia foi reproduzida pelo site do jornal local The Peninsula.
Citando projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), Saoud disse que o Catar deve crescer 2% em 2019. De acordo com ele, o índice de produção industrial, particularmente os dados de manufatura, mostraram melhoria acentuada recente e a produção de hidrocarbonetos também deverá aumentar no final deste ano, impulsionado pela entrada de um novo projeto em operação.
O presidente do Banco Central do Catar afirmou que a contração do Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre deste ano (-1,4%) ocorreu foi devido a uma combinação de fatores globais e domésticos. Ele citou a desaceleração econômica internacional, que pesou sobre os preços da energia e nas importações de muitas economias avançadas e emergentes, além de uma esperada desaceleração cíclica no setor de construção no Catar.
Saoud acredita que as medidas adotadas nos últimos anos no país devem impulsionar o crescimento econômico e os negócios. De acordo com o último relatório do FMI, o PIB do Catar deverá avançar mais, para 2,8%, em 2020, apresentando um dos crescimentos mais rápidos do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC). Segundo o presidente do QCB, é esperado crescimento econômico amplo, impulsionado pelo setor de hidrocarbonetos e os demais.
O Catar é o maior exportador de gás do mundo e está investindo no aumento da produção. O CEO da Qatar Petroelum, também ministro de Estados para Assuntos de Energia, Saad Al-Kaabi, declarou recentemente que o país aumentará sua produção de gás natural liquefeito (GNL) das atuais 77 milhões de toneladas por ano para 126 milhões até 2027. O Catar também sediará a Copa do Mundo da Fifa de 2022, o que deve dar impulso à economia.