São Paulo – O secretário-geral do Comitê Olímpico do Catar, Saoud bin Abdulrahman Al Thani, afirmou nesta sexta-feira (16) que o país irá tentar, novamente, sediar os Jogos Olímpicos de 2024. Ele afirmou, durante a conferência Aspire4Sport, que a cada disputa que o país perde, "fica mais forte" para a concorrência seguinte. Ele já disse em junho, quando o país foi eliminado da atual concorrência, que não iria desistir enquanto Doha, a capital, não fosse eleita sede dos Jogos.
"Vamos continuar neste caminho e vamos continuar a fazer propostas (para sediar os Jogos). Cada vez que concorremos estamos ouvindo e aprendendo sobre como tornar nossa proposta mais forte", afirmou Al Thani. Ele observou que a proposta do país para sediar as Olimpíadas de 2020 foi melhor do que aquela feita para 2016, edição que terá o Rio de Janeiro como sede. A capital fluminense foi escolhida após eliminar concorrentes como Doha, Tóquio, Madri e Chicago.
Na disputa para receber os Jogos Olímpicos de 2020, Doha foi eliminada em junho deste ano antes da fase final. A cidade-sede ainda não foi escolhida, mas a vencedora sairá da disputa entre Istanbul e, novamente, Tóquio e Madri. O anúncio será em 2013, na Argentina.
A realização de eventos esportivos e o investimento em educação são parte do projeto Qatar National Vision 2030, que prevê melhorias no ensino, no sistema de saúde e na qualidade de vida da população. O país será sede da Copa do Mundo de 2022 e já recebe etapas de diversos campeonatos esportivos internacionais, como o campeonato mundial de natação em piscina curta e o campeonato mundial de handebol.
Durante a conferência apresentada nesta sexta-feira, Al Thani também afirmou que o Comitê Olímpico do Catar realizou uma auditoria nas instalações esportivas do país nos últimos dois anos e concluiu que o Catar tem 62 polos esportivos prontos para uso e que precisa de outros 11. Segundo ele, esse levantamento foi realizado para que não sejam construídos complexos esportivos que depois se tornem "elefantes brancos" (sem uso).
Para a Copa do Mundo, por exemplo, nem todos os 12 estádios que serão utilizados no torneio serão construídos. Alguns já começaram a ser reformados. Outros serão erguidos com uma tecnologia que permita que depois da competição sejam desmontados. O Catar já afirmou que alguns desses estádios serão doados a países pobres da África, como o Sudão.

