São Paulo – O governo do Catar vai investir entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões no turismo nos próximos 11 anos, como parte da estratégia para sediar a Copa do Mundo de 2022, segundo informa o jornal The Daily Star, do Líbano.
Em entrevista à Reuters, segundo o jornal libanês, o presidente do Departamento de Investimento Turístico do Qatar, Ahmed Abdullah Al-Nuaimi, informou que "o grosso do investimento será no setor hoteleiro, mas também serão construídos parques e centros de entretenimento".
O país, que atualmente tem 10 mil quartos de hotel, planeja alcançar 30 mil quartos até o final de 2013. Ainda em 2011 serão inaugurados 5,5 mil quartos e o país deve ganhar ao menos cinco mil novos quartos de hotel ao ano até 2022. De acordo com Nuaimi, devem entrar no país muitas novas bandeiras hoteleiras e de apart-hotéis, como a Pearl, Four Seasons e Nikki Beach Hotel.
Também deve ser terminado o City Centre, um projeto hoteleiro, turístico e comercial, inicialmente previsto para término em 2006. Serão investidos US$ 2 bilhões no projeto. A cidade de Doha vai ganhar um novo terminal de navios de cruzeiro, com investimento de US$ 5,5 bilhões, capaz de receber dois ou três transatlânticos para hospedar torcedores, segundo o executivo.
De acordo com o jornal, o governo do país vai aplicar 40% do PIB do Catar em projetos de infraestrutura entre 2011 e 2016, incluindo US$ 11 bilhões em um novo aeroporto internacional. O país, de acordo com o executivo, não está preocupado com um excesso de capacidade hoteleira pois deseja manter parte da crescente demanda turística resultante da Copa do Mundo, já que terá um aeroporto capaz de receber até 50 milhões de passageiros e um centro para recepção de navios de cruzeiro em Doha.
Para Nuaimi, atualmente a maior preocupação é a velocidade de construção dos hotéis e dos projetos de infraestrutura. "Buscamos investidores agora, para adiantar tudo. Não queremos esperar até o último minuto", explicou o executivo.
O Catar também foca principalmente o mercado de luxo. "Há cinco anos, investimos no turismo de elite, com hotéis luxuosos, centros de convenção de ponta e museus. Mas não buscamos o turismo como fonte de renda", explicou o executivo. "Somos diferentes dos nossos vizinhos. Eles buscam no turismo uma fonte de renda. Se o mercado entrar em recessão, isso não nos interessa".
*Tradução de Mark Ament

