São Paulo – As exportações brasileiras de castanha-de-caju e castanha-do-Pará para os países árabes cresceram 40% entre janeiro e novembro de 2010 sobre o mesmo período do ano anterior, impulsionadas principalmente pelas vendas do estado do Ceará. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a exportação de castanha para o mundo árabe rendeu US$ 12,8 milhões ao Brasil nos onze primeiros meses do ano contra US$ 9,1 milhões em iguais meses de 2009.
"Tradicionalmente os países árabes compram castanhas brasileiras via Líbano, que as processa e exporta, com marca própria", explica o secretário geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby. De fato, o Líbano foi o país árabe que mais comprou castanha do Brasil entre janeiro e novembro de 2010. Foram US$ 10,7 milhões, o que significou 83% do total. Os países árabes, explica Alaby, usam a castanha para fazer doces e também para servir como petisco, salgada. A castanha consumida na região é de boa qualidade, explica.
Além do Líbano, também compraram castanhas do Brasil, mas em bem menor volume, o Kuwait, com US$ 1,03 milhão, a Síria, com US$ 617,5 mil, a Jordânia, com US$ 214 mil, a Tunísia, com US$ 202 mil, a Arábia Saudita, com US$ 82 mil, e os Emirados, com US$ 16 mil. O estado do Ceará foi o maior fornecedor, respondendo quase que pela totalidade, seguido do estado do Rio Grande do Norte, que também é produtor da oleaginosa.
O valor exportado para o mundo árabe, porém, é pequeno diante do total que o Brasil exporta em castanha-de-caju e castanha-do-Pará. Entre janeiro e novembro, a receita do país com vendas do produto no exterior alcançou US$ 222 milhões. Mais da metade – ao redor de US$ 128 milhões – foi para Estados Unidos. O segundo maior destino da castanha, no período, foi Canadá e o terceiro foi o Líbano. A castanha-de-caju é a mais exportada pelo Brasil.

