O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou neste domingo que sua viagem ao Catar, Irã e Japão, que começa neste domingo (29), é parte "do início do terceiro ciclo histórico da Revolução Bolivariana" promovida por seu governo. Em sua coluna "As linhas de Chávez", o presidente venezuelano, que há dez anos está no poder, afirmou hoje que sua viagem é uma "grande estratégia" nacional e internacional.
Chávez anunciou que neste domingo (29) está indo ao Catar, "na Península Arábica, onde ocorrerá a Cúpula de Países Árabe com a União de Nações Sul-Americanas". Depois, continuou em sua publicação, "cruzaremos o Golfo Pérsico para fazer uma visita de trabalho à República Islâmica do Irã, onde, entre outros eventos de importância vital, inauguraremos o Banco Venezuelano-Iraniano, que queremos que se torne mais à frente no Banco Internacional do Petróleo".
"Finalmente, cruzaremos toda a Ásia para visitar o Japão, onde há indícios de um interessante acordo energético bilateral, de grande importância para nosso povo", explicou.
Chávez também recordou, em seu texto, sua saída da prisão, ocorrida há 15 anos, após liderar um frustrado golpe de Estado em 1992, e ratificou que a estratégia de seu projeto político continua sendo "a unidade do povo, a unidade militar, a unidade civil-militar" e a dos partidos revolucionários. Devido à viagem, o programa dominical "Alô Presidente" foi suspenso, informou o governo.
Na terça-feira (31), o presidente venezuelano participará em Doha, Catar, da 2ª Cúpula América do Sul-Países Árabes (Aspa), onde também estarão presentes a presidente do Chile, Michelle Bachelet, o emir do Catar, Hamad bin Khalifa Al-Thani, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A primeira edição do encontro ocorreu em Brasília, em maio de 2005.