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Pequim (China) – A China anunciou ontem uma nova política de comércio exterior. Uma das medidas tomadas pelo governo é a substituição das cotas de importação para derivados de petróleo em 2004. A iniciativa faz parte do compromisso assumido pelo país junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), informou a agência de notícias oficial Xinhua.
A suspensão das cotas, porém, não significa que as compras externas serão totalmente liberadas. O governo irá impor formas de controle interno aos produtos importados, obrigando, por exemplo, que os importadores registrem seus negócios, disseram traders. Segundo eles, os preços de derivados de petróleo devem crescer de 15% a 20% em 2004 em razão do aumento da demanda.
O Ministério de Comércio chinês informou que o país irá retirar as cotas de importação para produtos primários de petróleo refinados, como gasolina, querosene e nafta, a partir de 1º de janeiro. Outros derivados devem ser importados via quatro empresas estatais: Chinaoil, Unipec, Sinochem Corp e Zhuhai Zhenrong Corp.
O Ministério também retirou as cotas de outros produtos, como borracha, pneus e autopeças. "Mas, apesar da suspensão das cotas, ainda existe um controle de volume, porque o governo não quer ver o mercado em desordem", declarou o gerente de uma empresa estatal chinesa de petróleo.
"De toda forma, as importações de petróleo devem crescer em 2004, para atender à demanda", acrescentou o executivo. Neste ano, até outubro, as compras já aumentaram 49,3%, para 23,7 milhões de toneladas, em relação ao mesmo período de 2002.
Em julho, o governo chinês decidiu criar uma cota de 6,1 milhões de toneladas de importação de petróleo para cada uma das quatro estatais do setor no país em 2004.