Alexandre Rocha
São Paulo – Com a expectativa de ampliar mercados e fechar bons negócios, representantes de 16 empresas brasileiras embarcam para o Oriente Médio na sexta-feira como participantes da missão ao Golfo Arábico, organizada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB) e pela Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex), para estreitar contatos com o setor varejista local.
"Nós queremos expandir nossos mercados, e um dos principais focos é o Oriente Médio. Então essa missão veio a calhar, pois está super bem organizada e temos a expectativa de fechar bons negócios", disse Isabela Oliveira Wanderley, trader da fábrica de chocolates Garoto, que vai participar da viagem.
Por sua vez, o vice-presidente da fabricante de cadernos escolares Credeal, Fernando Carlos Alban, disse que sua empresa já vinha namorando o mercado árabe e agora quer exportar em maior escala.
"A expectativa que temos é de ampliar nossos mercados, pois exportamos hoje apenas um pequeno volume para região", disse ele. Atualmente, a Credeal vende para o Líbano e, fora do mundo árabe, mas dentro do Oriente Médio, exporta também para Israel. O volume, porém, não passa de 150 toneladas de cadernos por ano.
De acordo com Alban, a Credeal exporta 20% do que produz, o que corresponde a cerca de US$ 15 milhões por ano. No ano passado, a empresa fabricou 35 mil toneladas de cadernos, mas ele diz que a capacidade de produção pode chegar a 48 mil toneladas nas quatro fábricas instaladas no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Rio de Janeiro. A empresa vende principalmente para os Estados Unidos, Canadá e alguns países da Europa.
Alban garante que sua companhia tem condições de oferecer aos árabes produtos diferenciados e adaptados ao consumo local. "Nós temos condições de fazer qualquer tipo de formato de caderno, capa, espiral, etc.", afirmou ele.
Na mesma linha, Isabela diz que os chocolates da Garoto "têm a ver" com o perfil do consumidor da região. Ela conta que empresa já promoveu algumas viagens de prospecção ao mercado árabe e até vende para alguns países, como Egito, Emirados, Iêmen e Palestina. De acordo com ela, a garoto exporta de 15% a 20% de sua produção para mais de 40 países.