São Paulo – A classe média cresceu pelo menos 50% na América Latina e Caribe ao longo da última década, de acordo com relatório sobre o tema divulgado nesta terça-feira (13) pelo Banco Mundial. O número de pessoas nesse patamar de renda passou de 103 milhões em 2003 para 152 milhões em 2009, o que, segundo a instituição, é descrito por economistas como "uma conquista histórica para uma região há muito tempo marcada pela desigualdade”.
Com tal avanço, a classe média passou a incluir 30% da população da região. O Brasil foi um dos principais destaques e respondeu por 40% do crescimento da inclusão na América Latina e Caribe. Outros destaques, de acordo com o relatório, foram a Colômbia e o México.
O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse, segundo comunicado, que a experiência regional mostra para o mundo que o crescimento econômico aliado à expansão de oportunidades para os mais vulneráveis pode levar prosperidade para milhões de pessoas.
“Os governos da América Latina e Caribe ainda precisam fazer muito mais pois um terço da população permanece na pobreza, mas temos que celebrar essa conquista do crescimento da classe média e aprender com ela”, declarou o executivo.
Entre os principais fatores para a mobilidade social na região, a instituição destacou a elevação da escolaridade entre os trabalhadores, mais empregos formais, mais pessoas vivendo em áreas urbanas, maior força de trabalho feminina e famílias menores. O levantamento considera como classe média alguém que ganha de US$ 10 a US$ 50 por dia.

