Rio de Janeiro – O Indicador de Clima Econômico (ICE) da América Latina registrou ligeira melhora ao passar de 43,2 pontos negativos para 39,3 pontos negativos do terceiro para o quarto trimestre deste ano. Apesar da evolução de 3,9 pontos, o indicador continua na zona desfavorável do ciclo econômico.
O ICE, divulgado nesta terça-feira (24) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), é calculado com base na média geométrica entre o Indicador da Situação Atual (ISA) e o Indicador de Expectativas (IE).
A melhora do ICE foi influenciada principalmente pela melhora na situação atual. “A crise teria chegado ao seu pior momento com a possibilidade de a região entrar numa fase de recuperação a partir do terceiro trimestre. A sondagem do quarto trimestre confirma esse cenário, ao registrar uma melhora dos dois indicadores: ISA e IE. No entanto, ambos avançaram relativamente pouco e o ISA continua na zona desfavorável do ciclo”, informa a FGV.
Houve avanço do Indicador de Clima Econômico em todos os países, exceto na Argentina e no Brasil. Apesar disso, os indicadores de todos os países analisados continuam em níveis desfavoráveis. Na Argentina, o ICE recuou 13,5 pontos, para 41 pontos negativos no quarto trimestre. No Brasil, a piora foi pequena, e o ICE passou de 32 pontos negativos para 32,8 pontos negativos do terceiro para o quarto trimestre. O país com o melhor indicador é o Paraguai, seguido do Uruguai e da Colômbia.
Principais problemas
A sondagem indaga quais são os principais problemas que o país enfrenta em relação ao seu crescimento. No quarto trimestre, em ordem decrescente de importância, os principais resultados foram: falta de inovação, infraestrutura inadequada, corrupção, aumento das desigualdades de renda e demanda insuficiente.