Lisboa – A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) reconheceu nesta quinta-feira (12) o sistema de colheita de flores “sempre-vivas” na Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, como “um engenhoso sistema de patrimônio agrícola mundial”. O registro, criado em 2002, distingue lugares onde a produção tradicional trabalha em prol da segurança alimentar das comunidades, respeitando a biodiversidade e a vida selvagem.
Esta foi a primeira vez que a agência distinguiu o Brasil. Já houve reconhecimento de registro de patrimônio agrícola mundial em 22 países. Ao justificar a escolha, a FAO destacou que a região do Espinhaço, no norte de Minas Gerais, é coberta por uma savana onde os agricultores locais colhem flores “sempre-vivas”, combinando essa atividade de jardinagem no mercado agroflorestal com o pastoreio de gado e o cultivo de campos ao pé das colinas.
Criado pela FAO na Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em 2002, o registro dos Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM) reconhece 33 locais na Ásia, três na África, seis no Norte da África e no Oriente Médio e três na América Latina.
* Conteúdo da RTP – emissora pública de televisão de Portugal