São Paulo – O Brasil fechou 2019 com crescimento de 2,8% em suas exportações de carne de frango. O volume total embarcado foi de 4,212 milhões de toneladas. Na receita, o setor também teve crescimento em relação ao ano anterior, desta vez de 6,4%. As vendas totalizaram US$ 6,994 bilhões. As informações foram divulgadas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta terça-feira (07).
O que puxou o crescimento foram as compras chinesas. A crise sanitária na suinocultura seguiu influenciando a demanda da China, que assumiu em 2019 a liderança entre os destinos internacionais da carne de frango do Brasil.
O país asiático importou 585,3 mil toneladas, volume 34% superior ao realizado em 2018. “É o maior volume anual já exportado para a China desde a abertura do mercado em 2009 e houve uma notável elevação do ritmo no fim de ano”, destacou Ricardo Santin, diretor-executivo da ABPA, em nota.
Já a Arábia Saudita, que perdeu a liderança entre os países compradores a partir de novembro, importou 469,76 mil toneladas de carne de frango brasileira em 2019. O número é 3,7% menor do que o volume comprado em 2018.
Os Emirados Árabes Unidos, quarto maior comprador do produto do Brasil, importou um total de 341,1 mil toneladas, volume 10% maior do que no ano anterior. A ABPA destacou em nota, ainda, o desempenho de outro país árabe, o Iêmen. A nação elevou suas importações de carne frango do Brasil, chegando a 105,9 mil toneladas, 24% mais do que em 2018.
“O fluxo das exportações, em especial para a Ásia e Oriente Médio, deve seguir positivo em 2020. O mercado internacional de proteína animal está pressionado pela demanda da Ásia, em especial”, afirmou em nota Francisco Turra, presidente da ABPA.
Dezembro
No mês de dezembro, foram embarcadas 391,9 mil toneladas, número 11,2% superior ao do mesmo mês de 2018. Foi o melhor desempenho mensal de 2019. Ainda em dezembro, a alta na receita chegou a 9,6% sobre o mesmo mês de 2018, para US$ 636 milhões.
Apenas neste mês, as compras chinesas foram de 72 mil toneladas, volume 94% superior ao registrado em dezembro de 2018. No mês, a Arábia Saudita recebeu 40 mil toneladas do produto brasileiro, e os Emirados, 25 mil toneladas.