Dubai – A Bolsa de Commodities Múltiplas de Dubai (DMCC) anunciou ontem (05) que o comércio de ouro no emirado movimentou US$14,69 bilhões no primeiro semestre, um aumento superior a 12% na comparação com o mesmo período de 2008, quando os negócios somaram US$13,07 bilhões.
Nos primeiros seis meses de 2009, Dubai importou 300 toneladas de ouro, um crescimento de 13% em relação ao primeiro semestre do ano passado. As exportações da commodity, por sua vez, chegaram a 213 toneladas, um aumento de 19% na mesma comparação. O preço médio entre janeiro e junho foi de US$ 922 por onça troy, ante US$ 910 no mesmo período de 2008, acréscimo de 1,3%.
No segundo trimestre de 2009, o comércio de ouro em Dubai cresceu 21% na comparação com o mesmo período do ano passado e movimentou US$ 7,2 bilhões. Entre abril e junho, o emirado importou 160 toneladas, um aumento de 12%. As exportações somaram 97 toneladas, 52% a mais.
Os principais compradores do ouro de Dubai no primeiro semestre foram Índia, Suíça e Irã. Os maiores fornecedores foram Índia, Malásia e Suíça. Apesar de não figurar entre os principais exportadores, o Brasil vendeu 1,3 tonelada de ouro em barras aos Emirados Árabes Unidos em junho, o que gerou US$ 41 milhões em receitas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
O estado de Minas Gerais foi o principal exportador, embarcando 657 quilos do metal aos Emirados, o que correspondeu a US$ 20,1 milhões. A última venda de ouro do Brasil ao país árabe tinha ocorrido em 2006, no valor de US$ 7 milhões. O tipo de ouro exportado pelo estado é utilizado normalmente na indústria ou para fabricação de jóias.
Também exportaram ouro aos Emirados, em junho, os estados de Goiás e Bahia. No ano passado, o Brasil como um todo produziu 49,6 toneladas de ouro. Neste ano, segundo projeções do setor, a produção do minério deve alcançar 54 toneladas.
Segundo David Rutledge, CEO da DMCC, “Dubai segue com sua reputação de ‘Cidade do Ouro’, pois é um dos principais pólos mundiais onda há forte crescimento do mercado”. “O mercado apresentou certa volatilidade nos preços e caíram as vendas de jóias, mas o interesse geral em investimento em ouro continuou forte no primeiro semestre”, declarou.
Para Harendra Kailath, diretor de Ouro e Metais Preciosos da DMCC, “o preço do produto passou a maior parte de tempo com cotação alta, o que favoreceu as exportações”. “O metal teve também boa atuação nos investimentos para escapar da inflação. Acreditamos que o comércio do ouro vai continuar forte este ano”, afirmou.
*Tradução de Mark Ament. Com informações da redação da ANBA

