São Paulo – O comércio não-petrolífero dos Emirados Árabes Unidos cresceu 43% em 2008 na comparação com 2007, de acordo com levantamento estatístico da Autoridade Aduaneira Federal do país. A informação foi divulgada pelo site do jornal Emirates Business 24/7, de Dubai.
O diretor-geral da Autoridade Aduaneira Federal, Mohamed Khalifa bin Fahad Al Mehairi, disse que o relatório comprova que os Emirados são a principal porta de entrada para o Oriente Médio e Oriente Próximo, e mostra o desenvolvimento do serviço alfandegário do país nos últimos anos.
Segundo o relatório, o comércio exterior dos Emirados em 2008 movimentou 789 bilhões de dirhans (US$ 214,8 bilhões), sendo 566 bilhões (US$ 154 bilhões) em importações, 60 bilhões (US$ 16,3 bilhões) em exportações e 163 bilhões (US$ 44,3 bilhões) em reexportações. Em 2007, o valor total do comércio exterior havia sido de 554 bilhões de dirhans (US$ 150,8 bilhões).
Em termos de volume, foram movimentadas cerca de 107 milhões de toneladas, sendo 63 milhões de toneladas importadas, 35 milhões de toneladas exportadas e 9 milhões de toneladas reexportadas.
Somadas importações, exportações e reexportações, o país movimentou, em média, 446 mil toneladas por dia, 56 mil toneladas por hora, 929 toneladas por minuto ou 15 toneladas por segundo, com base em uma carga horária de oito horas por dia, cinco dias por semana.
De acordo com o relatório, os Emirados importaram o equivalente a 566 bilhões de dirhans (US$ 154,1 bilhões) em 2008, crescimento de 45% sobre 2007, quando o total importado foi de 389 bilhões de dirhans (US$ 105,9 bilhões).
Já as exportações do país árabe somaram 60 bilhões (US$ 16,3 bilhões) em 2008, aumento de 66% sobre os 36 bilhões de dirhans (US$ 9,8 bilhões) registrados em 2007. Em termos de reexportações, foram 163 bilhões de dirhans (US$ 44,3 bilhões) em 2008, crescimento de 27% sobre o ano anterior, quando o total foi de 128 bilhões de dirhans (US$ 34,8 bilhões).
Ainda segundo o relatório, os Emirados mantiveram relações comerciais com 228 países em seis regiões geográficas: Norte da África e Oriente Médio, Ásia e Pacífico, África do Oeste e Central, Leste e Sul da África, Europa e Américas.
Dessas regiões, a que teve maior peso no comercio exterior do país foi Ásia e Pacífico, com 44% do total, ou 351 bilhões de dirhans (US$ 95,5 bilhões). A Europa ficou em segundo lugar, com 29%, ou 231 bilhões de dirhans (US$ 62,8 bilhões). Em seguida vieram Norte da África e Oriente Médio, com 13% ou 101 bilhões de dirhans (US$ 27,5 bilhões), Américas e Caribe, com 8%, ou 61 bilhões de dirhans (US$ 16,6 bilhões), Leste e Sul da África, com 3%, ou 26 bilhões de dirhans (US$ 7 bilhões), e África do Oeste e Central, com 1% ou 9 bilhões de dirhans (US$ 2,4 bilhões). As zonas francas dos Emirados, por sua vez, movimentaram 10 bilhões de dirhans (US$ 2,7 bilhões) em 2008.
Os dez maiores exportadores para os Emirados Árabes Unidos (petrolíferos e não-petrolíferos) foram China, Índia, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, Turquia, Itália, Suíça e Arábia Saudita, com 364 bilhões de dirhans (US$ 99,1 bilhões) exportados, ou 64% do total.
Excluindo o petróleo, os dez maiores importadores foram Índia, Catar, Bahrein, Suíça, Arábia Saudita, Egito, a Zona Franca de Jebel Ali (em Dubai), Irã, Kuwait e Iraque, com valor total de 43 bilhões de dirhans (US$ 11,7 bilhões), ou 72% do total.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

