Da redação
São Paulo- A superintendente de Armazenagem da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Denise Dekcers do Amaral, apresenta hoje (27/01), em São Luiz (MA), a proposta da empresa para a inserção da unidade de Itaqui (MA) no Corredor Centro-Norte para o escoamento da safra de grãos para o Nordeste e exterior.
A idéia da Conab é interligar seus armazéns às malhas ferroviária e rodoviária. Paralelamente, o governo investirá na revitalização destes modais. O projeto piloto começa por Itaqui.
Equipe do governo realiza hoje e amanhã (29) levantamento topográfico no entorno da unidade armazenadora.
Paralelamente, em São Luiz, os técnicos da Conab estarão na Gerência de Desenvolvimento do Estado do Maranhão, apresentando a proposta de escoamento pelo Corredor Centro Norte, que abrange sete estados, responsáveis por 45% da produção de soja do País.
O projeto da Conab é interligar as unidades armazenadoras da região. Atualmente, são três armazéns da empresa no perímetro do Centro-Norte: Formoso do Araguaia (TO), com capacidade de 32 mil toneladas, Imperatriz (MA), com 40 mil toneladas e Itaqui, com 18 mil toneladas.
Nos moldes atuais, o deslocamento dos grãos do Centro-Oeste para o Nordeste é muito caro, por falta de infra-estrutura. A má conservação das estradas faz com que a safra seja escoada pela BR-163, descendo de Mato Grosso no sentido de Goiás para posteriormente subir a Belém-Brasília.
A idéia é recuperar a BR-158 até Redenção (PA). A partir dali, utilizar a BR-153 até Estreito (MA) e usar a ferrovia Norte Sul para chegar a Itaqui.
Parceria
No porto, em caso de mercado interno, fazer o transporte por cabotagem até Fortaleza (CE) ou pela Companhia Ferroviária do Nordeste. Em Itaqui, uma parceria com a Companhia Vale do Rio Doce, o Ministério dos Transportes, Empresa Maranhaense de Administração do Porto e outros vai permitir que seja feito um desvio ferroviário com bitola mista, de aproximadamente 400 metros, para a unidade da Conab.
Desta forma, o armazém servirá de "pulmão" para o escoamento da safra. O levantamento topográfico vai apontar as necessidades financeiras para a construção do desvio.

