Brasília – As contas externas do Brasil registraram saldo negativo de US$ 7,874 bilhões em outubro, o maior déficit para o mês desde 2014, de US$ 9,305 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). Em outubro do ano passado o déficit foi de US$ 1,964 bilhão.
De janeiro a outubro, o déficit em transações correntes, compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, chegou a US$ 45,657 bilhões, contra US$ 32,372 bilhões em igual período de 2018. “O incremento no déficit decorreu, fundamentalmente, da redução no saldo positivo da balança comercial de bens, de US$ 5,3 bilhões [em outubro de 2018] para US$ 490 milhões [no mês passado]”, diz relatório do BC.
A balança comercial é um dos componentes das transações correntes. No acumulado do ano até outubro, o superávit comercial chegou a US$ 29,145 bilhões. A conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) ficou negativa em US$ 4,856 bilhões no mês e em US$ 46,443 bilhões de janeiro a outubro.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 73 milhões no mês e US$ 1,274 bilhão em dez meses. A conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) apresentou saldo negativo de US$ 3,581 bilhões em outubro e de US$ 29,633 bilhões nos dez meses do ano.