Brasília – O déficit em transações correntes, que são compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, chegou a US$ 3,487 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). O resultado ficou bem acima do registrado em igual mês de 2018: déficit de US$ 194 milhões. De janeiro a setembro, o déficit atingiu US$ 34,055 bilhões contra US$ 18,566 bilhões em igual período do ano passado.
Segundo o BC, o maior resultado negativo das contas externas foi influenciado pela redução no superávit da balança comercial. O superávit comercial chegou a US$ 1,679 bilhão em setembro e acumulou US$ 28,558 bilhões nos nove meses do ano, contra US$ 4,697 bilhões e US$ 38,145 bilhões nos mesmos períodos de 2018, respectivamente.
A conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) registrou saldo negativo de US$ 2,725 bilhões em setembro, e de US$ 26,053 bilhões de janeiro até o mês passado. A conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), que também faz parte das transações correntes, ficou negativa em US$ 2,650 bilhões em setembro e em US$ 37,760 bilhões em nove meses.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 209 milhões em setembro, e de US$ 1,201 bilhão em nove meses.