São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira lançou, nesta semana, uma campanha de enfrentamento a pandemia do novo coronavírus. A entidade vai angariar doações para hospitais públicos e entidades assistenciais que atendem a população de baixa renda.
Como primeira ação, a própria Câmara Árabe vai doar 30 mil máscaras, 1.250 litros de álcool gel, 5.700 fronhas hospitalares para o Santa Marcelina, o maior hospital público da Zona Leste de São Paulo. O hospital atende, principalmente, através do Sistema Único de Saúde (SUS) na região mais populosa da cidade, e estava requisitando recursos e materiais para tratar pacientes com covid-19.
A previsão é de que as doações cheguem ao destino até o dia 6 de abril. “A Câmara Árabe entende que este é um momento de mobilização e solidariedade. A iniciativa de arrecadar doações é uma forma de colocar à disposição da sociedade os recursos e capacidades da entidade para enfrentar o que, provavelmente, já é a maior pandemia do século. Queremos estimular a solidariedade entre as outras câmaras, as federações e o terceiro setor”, declarou o presidente da entidade, Rubens Hannun (foto acima), em nota.
A campanha será divulgada nas redes sociais da entidade, que espera sensibilizar associados, empresas ligadas à comunidade árabe brasileira e entidades do Brasil e dos países árabes a participarem. O vice-presidente de marketing da Câmara Árabe, Riad Younes, que é médico, explica que o esforço de arrecadação vai durar até o fim da pandemia. “Vamos criar uma conta por meio da qual as pessoas vão poder doar. Os recursos serão usados integralmente para adquirir equipamentos e materiais específicos que os hospitais ou as entidades precisarem”, afirma Younes, acrescentando que a entidade divulgará em breve o canal de doação.
Desde o dia 23 de março, a Câmara Árabe vem adotando medidas de prevenção ao contágio do coronavírus. Os profissionais da entidade na capital paulista, em Itajaí, Santa Catarina, e em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, estão trabalhando em regime de home office para minimizar a exposição. O serviço de certificação da entidade também está funcionando de forma remota e a emissão de certificados de origem de mercadorias e a certificação de documentos de exportação (certificado de sanidade e de produção halal) obrigatórios no despacho de cargas destinadas a países árabes estão mantidas.