São Paulo – As cooperativas brasileiras exportaram 20% a mais em valores aos países árabes no primeiro semestre de 2010 em relação ao mesmo período de 2009. De janeiro a junho deste ano foram exportados US$ 350 milhões em produtos agropecuários, contra US$ 292 milhões nos seis primeiros meses do ano passado.
O principal importador do Oriente Médio foram os Emirados Árabes Unidos, responsáveis pela compra de US$ 147 milhões em produtos brasileiros, principalmente o açúcar refinado (US$ 131 milhões). Esse valor coloca o país como o terceiro maior importador geral das cooperativas brasileiras, com 7,4% das importações, atrás apenas de China e Alemanha.
“Os Emirados sempre foram um grande parceiro das exportações das cooperativas brasileiras. Sempre ficam em segundo ou terceiro lugar”, explica Patrícia Medeiros, analista de mercado da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O país do golfo também importou aves e óleo de soja.
A Arábia Saudita ocupou o quinto lugar nas importações do primeiro semestre, responsável por 5,3% das vendas externas das cooperativas. Outros países árabes que também tiveram importações significativas do setor foram Argélia (US$ 30 milhões), Egito (US$ 23 milhões) e Kuwait (US$ 2,1 milhões).
As cooperativas brasileiras venderam ainda para Bahrein, Jordânia, Líbano, Iraque, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Sudão e Tunísia. “Os países árabes são um mercado muito significativo [para as cooperativas brasileiras]”, declara Patrícia.
Os principais produtos de exportação das cooperativas aos árabes no período foram açúcar e carne de aves, mas eles também compraram suco de laranja, leite, creme de leite, manteiga, feijão, café em grão e semente de algodão.
A OCB possui 1.615 cooperativas agropecuárias cadastradas em seu sistema, das quais 172 são exportadoras. No primeiro semestre deste ano, as cooperativas do país exportaram um total de US$ 1,99 bilhão, contra US$ 1,74 bilhão nos primeiros seis meses de 2009. No total do ano passado, as exportações do setor foram de US$ 3,63 bilhões. Para 2010, a OCB espera um crescimento de 9,5% a 10% sobre este valor.