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Seul – A Coréia do Sul irá introduzir em julho o biodiesel, uma mistura de diesel combustível e óleo de canola, para veículos particulares, segundo anunciou hoje (30) o Ministério do Comércio, Indústria e Energia do país.
O biodiesel será vendido em todas os postos de gasolina do país a partir deste sábado (01). Segundo o ministério, o combustível será do tipo BD5 feito com 95% diesel e 5% óleo de canola.
A introdução do biodiesel está de acordo com a política de energia de longo prazo de Seul para oferecer um combustível mais ecologicamente correto. A Coréia do Sul é o primeiro país asiático a usar o biodiesel, apesar de ser usado nos Estados Unidos e alguns países europeus desde os anos 1990. O produto também é usado no Brasil.
Por causa da baixa proporção de óleo de canola, os consumidores não vão perceber a diferença no desempenho de seus veículos, ou sentir qualquer inconveniência nos meses de frio.
Combustível do tipo BD20, ou aqueles com 20% de óleo de canola, poderá ser fornecido para empresas de ônibus ou caminhões que fazem a manutenção regular dos veículos no inverno. O biodiesel tem um ponto de congelamento mais baixo que o diesel comum.
O ministério também anunciou que o governo vai baixar os impostos sobre o biodiesel e as pessoas vão pagar menos pelo litro de biodiesel em comparação com o diesel normal.
Para produzir o biodiesel, as empresas produtoras de óleo de canola deverão fornecer seus produtos às refinarias de petróleo, que por sua vez vão usar seus postos para vender o combustível ao consumidor final.
Especialistas dizem que apesar de o custo de produção para esse tipo de combustível ser mais alto do que refinar petróleo bruto, a medida irá ajudar a reduzir a importação de petróleo bruto e contribuir com a redução da quantidade de gás carbônico (CO2) emitido no país.
A Coréia do Sul atualmente não é obrigada a reduzir suas emissões de poluentes sob o Protocolo de Kyoto, mas deverá fazer isso junto com outros países industrializados nos próximos anos. O uso do biodiesel pode ajudar na redução da emissão de benzeno, hidrocarbonetos e enxofre.
*Tradução de Silvia Lindsey com informações da redação da ANBA