Da redação
São Paulo – Os empréstimos dos programas de investimento voltados para o setor agropecuário aumentaram 30% em relação à safra passada. Favorecidos pelo bom desempenho das operações do Moderfrota, Moderagro e Moderinfra, os programas emprestaram R$ 1,1 bilhão nos três primeiros meses da safra 2003/2004. A informação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
No mesmo período da safra passada, haviam sido aplicados R$ 848,6 milhões, segundo dados consolidados pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa.
Na comparação entre os meses de setembro de 2002 e de 2003, o volume de investimentos aumentou 61,7%, para R$ 370,5 milhões.
O desempenho, segundo especialistas do setor, pode ser atribuído ao agrupamento das linhas de financiamento do governo e ao bom momento vivido pelo agronegócio brasileiro.
Neste primeiro trimestre da safra 2003/2004, o número de contratos aumentou em 3,1%, somando 15.856 beneficiários.
Os programas
O Moderagro agrupou os programas de investimento em correção de solo, adubação verde e conservação de solos (Prosolo), recuperação de pastagens degradadas (Propasto) e sistematização de várzeas (Sisvárzea).
Na atual safra, o programa aplicou R$ 155,4 milhões, resultado 43,5% acima dos R$ 108,4 milhões registrados na safra passada. Até junho de 2004, o Moderagro deve emprestar R$ 600 milhões a juros de 8,75% ao ano e cinco anos para pagar.
O Moderinfra, que financia investimentos na agricultura irrigada (Proirriga) e a construção/modernização de armazéns nas propriedades rurais (Proazem), aumentou em mais de seis vezes o volume de recursos emprestados nesta safra.
Entre julho e setembro, foram aplicados R$ 83,2 milhões dos R$ 500 milhões previstos para a safra 2003/2004. Com limite de crédito de R$ 400 mil por produtor, a linha tem juros de 8,75% ao ano e oito anos para pagar. Na safra passada, foram emprestados apenas R$ 11,2 milhões.
Os investimentos do Moderfrota, programa de financiamento de tratores agrícolas, implementos, colheitadeiras e equipamentos para beneficiamento de café, aumentaram em 13,7% nesse período. Nesses três primeiros meses da atual safra, foram liberados R$ 750,7 milhões.
Nessa linha, que terá R$ 2 bilhões até junho de 2004, os juros variam de 9,75% e 12,75%, com prazo entre cinco e seis anos para pagar.
O Finame Agrícola Especial, operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aumentou em 68,5% a aplicação de recursos em relação a 2002/2003, chegando a R$ 64,7 milhões nesta safra. A linha, que terá R$ 500 milhões nesta safra, tem juros de 13,95% e prazo de cinco anos para pagar.